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Interior

Paraguai barra volta de profissionais de saúde que moram em MS

Medida foi anunciada pelo chefe de migração após enfermeira paraguaia que mora em Ponta Porã testar positivo para coronavírus

Helio de Freitas, de Dourados | 08/06/2020 10:44
Fronteira entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, nesta segunda-feira (Foto: Capitán Bado.com)
Fronteira entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, nesta segunda-feira (Foto: Capitán Bado.com)

O governo do Paraguai decidiu impedir a entrada de profissionais de saúde que moram em Ponta Porã, mas trabalham em Pedro Juan Caballero. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (8) pelo chefe do posto de controle de migrações, Cesar Duarte, e atinge pelo menos 115 pessoas entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e administrativos.

Na semana passada, uma funcionária do setor administrativo do Hospital Regional de Pedro Juan Caballero testou positivo para o novo coronavírus. Pelo menos 20 outros funcionários que tiveram contato com ela foram isolados, entre eles o médico Nelson Collar, chefe da força-tarefa contra a pandemia de covid-19 na fronteira, e o diretor do hospital, médico Hugo Gonçalves.

Desde o início da quarentena que fechou a fronteira, em março, o governo paraguaio permitia a passagem de profissionais de saúde que moram em Mato Grosso do Sul e trabalham em Pedro Juan Caballero.

A lista tem pelo menos 115 nomes de pessoas com a autorização especial para ingressar através do posto migratório montado na Avenida Doutor Francia. Com a decisão de hoje, no entanto, essa autorização fica suspensa.

Cesar Duarte disse que a medida vai vigorar até nova decisão do governo. Segundo ele, pacientes paraguaios que recorrem a atendimento especializado de saúde em Ponta Porã, como hemodiálise, também não poderão deixar o país, mas o setor de migrações ainda aguarda orientações sobre como deve proceder nessas situações, já que na cidade paraguaia não existe atendimento a renais crônicos.

Com a medida desta segunda-feira, apenas cidadãos paraguaios que estão no Brasil poderão ingressar no país vizinho, mas terão de cumprir a quarentena obrigatória de duas semanas em um dos abrigos disponibilizados pelo governo.

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