Paraguai barra volta de profissionais de saúde que moram em MS
Medida foi anunciada pelo chefe de migração após enfermeira paraguaia que mora em Ponta Porã testar positivo para coronavírus
O governo do Paraguai decidiu impedir a entrada de profissionais de saúde que moram em Ponta Porã, mas trabalham em Pedro Juan Caballero. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (8) pelo chefe do posto de controle de migrações, Cesar Duarte, e atinge pelo menos 115 pessoas entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e administrativos.
Na semana passada, uma funcionária do setor administrativo do Hospital Regional de Pedro Juan Caballero testou positivo para o novo coronavírus. Pelo menos 20 outros funcionários que tiveram contato com ela foram isolados, entre eles o médico Nelson Collar, chefe da força-tarefa contra a pandemia de covid-19 na fronteira, e o diretor do hospital, médico Hugo Gonçalves.
Desde o início da quarentena que fechou a fronteira, em março, o governo paraguaio permitia a passagem de profissionais de saúde que moram em Mato Grosso do Sul e trabalham em Pedro Juan Caballero.
A lista tem pelo menos 115 nomes de pessoas com a autorização especial para ingressar através do posto migratório montado na Avenida Doutor Francia. Com a decisão de hoje, no entanto, essa autorização fica suspensa.
Cesar Duarte disse que a medida vai vigorar até nova decisão do governo. Segundo ele, pacientes paraguaios que recorrem a atendimento especializado de saúde em Ponta Porã, como hemodiálise, também não poderão deixar o país, mas o setor de migrações ainda aguarda orientações sobre como deve proceder nessas situações, já que na cidade paraguaia não existe atendimento a renais crônicos.
Com a medida desta segunda-feira, apenas cidadãos paraguaios que estão no Brasil poderão ingressar no país vizinho, mas terão de cumprir a quarentena obrigatória de duas semanas em um dos abrigos disponibilizados pelo governo.