ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, DOMINGO  22    CAMPO GRANDE 26º

Interior

Com presídios na mão de facções, Paraguai quer expulsar PCC

Facção brasileira causou rebeliões em dois presídios do país vizinho ontem; em San Pedro, nove presos foram mortos

Helio de Freitas, de Dourados | 17/06/2019 08:43
Policiais entram no presídio de San Pedro, onde nove presos foram mortos ontem pelo PCC (Foto: ABC Color)
Policiais entram no presídio de San Pedro, onde nove presos foram mortos ontem pelo PCC (Foto: ABC Color)

O governo do Paraguai promete expulsar daquele país todos os brasileiros que fazem parte da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). A afirmação foi feita nesta segunda-feira (17) pelo ministro do Interior do país vizinho, Juan Ernesto Villamayor, um dia após a quadrilha causar rebelião no Presídio de Tacumbú, na capital Assunción, e na penitenciária de San Pedro, onde nove integrantes de um grupo rival foram mortos, decapitados e alguns tiveram os corpos queimados.

“Vamos expulsar todos que tenham processos pendentes no Brasil”, afirmou o ministro. Segundo ele, mesmo bandidos com ações em andamento na Justiça do Paraguai serão entregues às autoridades brasileiras numa tentativa de enfraquecer o PCC nas cadeias paraguaias. São pelo menos 150 brasileiros ligados à facção presos no Paraguai.

As mortes ontem na Penitenciária Regional de San Pedro del Ycuamandiyú ocorreram durante briga entre o PCC e o clã Rotela, um grupo criminoso paraguaio apontado como principal fornecedor de drogas responsável em vender maconha, cocaína e crack em escolas e bairros pobres.

Todos os mortos eram do clã Rotela. Cinco foram decapitados, três tiveram os corpos queimados e um morreu depois de ser levado para o hospital regional de San Pedro. Inicialmente foi informado que eram dez mortes, mas depois o governo confirmou que foram nove assassinados. Outros sete feridos foram levados para o hospital, mas nesta segunda-feira estão sendo transferidos para outros hospitais.

Entre os mortos identificados está Bruno Cutier Moreira, que levou um tiro. O governo já mandou afastar diretores da penitenciária e vai investigar como os presos tiveram acesso à arma. Alcides Paredes e Junior Díaz estão entre os que tiveram os corpos incinerados. Outros mortos já identificados foram Nelson Pereira, Lucas Ayala, Carlos Patricio Segovia e Derlis Marcial.

Nos siga no Google Notícias