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Interior

Concessionária cobra pedágio em rodovia interditada e motoristas reclamam

Caminhoneiros que utilizam a BR-163, em Itaquiraí, afirma m que concessionária também não informa sobre desvio por fazenda, mas veículos da empresa utilizam a estrada improvisada

Helio de Freitas, de Dourados | 10/11/2016 16:01
Carretas passam por desvio dentro de fazenda (Foto: Wisley Weber/TV RIT)
Carretas passam por desvio dentro de fazenda (Foto: Wisley Weber/TV RIT)
Obra para recuperação de trecho que desmoronou deve durar 20 dias (Foto: Marciel Arruda/TV RIT)
Obra para recuperação de trecho que desmoronou deve durar 20 dias (Foto: Marciel Arruda/TV RIT)

Motoristas que utilizam a BR-163 para chegar aos estados da região sul reclamam da falta de informações por parte da concessionária CCR MSVia sobre rotas alternativas para contornar o trecho interditado na altura do km 93, no município de Itaquiraí, a 410 km de Campo Grande.

A tubulação para passagem da água de um rio sob a estrada desmoronou no fim de semana e a rodovia está interditada por um buraco de pelo menos dez metros. As obras começaram segunda-feira (7) e devem durar pelo menos mais duas semanas.

De acordo com caminhoneiros e outros condutores que passam pelo local, a concessionária não informa sobre um desvio de 12 km de uma estrada de terra por dentro de uma fazenda e orienta os motoristas a seguirem apenas por outras duas rotas alternativas, que aumentam consideravelmente o percurso.

Uma equipe do canal de TV SBT em Mato Grosso do Sul flagrou veículos da CCR MSVia utilizando o desvio pela fazenda. Já os motoristas são orientados pela empresa que explora a concessão a seguirem por Caarapó, na altura do km 209 da BR-163, percorrer a MS-156 até Amambai-Tacuru, pegar o acesso à MS-295 até Iguatemi e, em seguida, retornar à BR-163 no km 41, em Eldorado.

Outra opção informada pela concessionária é pegar a saída da BR-163, em Naviraí, na altura do km 104, percorrer a BR-487 até Porto Camargo (PR) e seguir pela PR-487 no sentido para Alto Paraíso (PR).

Pedágio – Os usuários da rodovia reclamam também da manutenção em funcionamento de uma praça de pedágio próxima ao trecho interditado. Segundo eles, além de não indicar o caminho mais curto, pela fazenda, a CCR mantém a cobrança do pedágio e ainda não oferece nenhuma assistência para quem utiliza a estrada de terra.

Mesmo sem informações por parte da CCR, a estrada da fazenda vem sendo utilizada por ônibus, caminhões, caminhonetes e carros de passeio.

O comerciante Sérgio Rodrigues, morador em Itaquiraí, disse que seu carro estragou enquanto utilizava o desvio pela estrada da fazenda e teve de procurar ajuda sozinho.

Moradores de cidades da região que procuram atendimento de saúde em outros locais também sofrem com os transtornos, como um grupo de idosos que voltava para casa em Eldorado após cirurgias oftalmológicas.

Os aposentados Dorvalino e Argemiro estavam em um veículo que passou pelo desvio na tarde de ontem (9) e reclamaram por terem de enfrentar a estrada de terra após uma cirurgia.

A assessoria da CCR foi procurada para falar sobre o caso, mas até às 16h desta quinta não tinha se manifestado.

Ônibus passa por desvio em Itaquiraí (Foto: Wisley Weber/TV RIT)
Ônibus passa por desvio em Itaquiraí (Foto: Wisley Weber/TV RIT)
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