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Interior

Condenado por assediar alunas, professor é suspenso por Secretaria

Professor já foi condenado, denunciado mais uma vez por alunas, mas continuou dando aulas na mesma escola

Por Dayene Paz e Jackeline Oliveira | 31/01/2024 07:56
Suspeito de importunação sexual é professor na Escola Estadual Joaquim Murtinho. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo) 
Suspeito de importunação sexual é professor na Escola Estadual Joaquim Murtinho. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Condenado e denunciado mais uma vez por assédio sexual contra alunas da Escola Estadual Joaquim Murtinho, em Campo Grande, professor de Física foi suspenso preventivamente das atividades, conforme determinação do titular da SED (Secretaria de Estado de Educação), Helio Queiroz Daher.

O professor chegou a ser afastado e respondeu processo administrativo disciplinar assim que ocorreram as primeiras denúncias, em 2018. Após investigação policial, foi condenado pela Justiça. Mesmo assim, voltou a dar aulas na mesma escola.

Agora, a SED decidiu suspendê-lo após novas denúncias de assédio sexual. A decisão foi publicada no DOE (Diário Oficial do Estado) desta quarta-feira (31). O texto cita que o investigado faz parte do quadro permanente de pessoal do Estado de Mato Grosso do Sul.

Denúncias - Conforme apurado pelo Campo Grande News, a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente) instaurou inquérito contra o professor pelo crime de importunação sexual em 2018. Na época, adolescentes com idades entre 15 e 17 anos o acusaram de manter contato físico com elas.

Ele foi afastado e algum tempo depois voltou a lecionar na mesma escola. Dessa vez, fez uma nova vítima: a professora temporária da disciplina de Língua Portuguesa. A vítima fez boletim de ocorrência contra o professor na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), denúncia que se transformou em processo judicial e ele foi condenado.

Casos recentes – Em outubro do ano passado, três adolescentes do Ensino Médio, entre 16 e 17 anos de idade, foram até a DEPCA acompanhadas pelos pais e denunciaram o professor de importuná-las. De acordo com os relatos das vítimas, o homem pega nos braços, no pescoço, passa a mão nas costas, cabelo e mantinha contato físico com alunas. Os fatos ocorreram dentro da sala de aula.

No dia 6 de outubro do ano passado, a Justiça determinou através de medida protetiva que o professor fique a 300 metros de distância das alunas, mas apesar da decisão judicial, condenação e mais denúncias, o homem continuou ministrando aulas na escola.

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