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Interior

Contrato com HU é reprovado e município deve assumir cirurgias em setembro

Decisão do Conselho de Saúde foi tomada em reunião extraordinária na tarde desta quarta-feira; HU promete recorrer à Justiça

Helio de Freitas, de Dourados | 04/05/2016 18:43
Reunião do Conselho de Saúde de Dourados, hoje à tarde (Foto: Eliel Oliveira)
Reunião do Conselho de Saúde de Dourados, hoje à tarde (Foto: Eliel Oliveira)

Em reunião extraordinária na tarde desta quarta-feira (4), o Conselho Municipal de Saúde de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, aprovou deliberação contra a permanência do contrato do município com o Hospital Universitário da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) para atendimento de pacientes do SUS.

Apesar da decisão, o contrato – prorrogado por seis meses em março deste ano – continuará sendo cumprido até setembro deste ano, quando, por deliberação do conselho, não deve mais ser prorrogado.

Conforme o Campo Grande News tinha divulgado ontem, a decisão foi tomada porque o conselho considera de péssima qualidade o atendimento prestado pelo hospital aos pacientes do SUS, especialmente na realização de exames e cirurgias eletivas.

“O HU se nega a atender pacientes, cirurgias de pessoas que estão na fila de espera há quatro, cinco anos, estão sendo desmarcadas por falta de materiais. Recentemente, até antibiótico o hospital não tinha”, afirmou a presidente do conselho, Berenice Machado.

O Campo Grande News apurou hoje à tarde que a prefeitura vai se organizar para assumir, já em setembro deste ano, pelo menos a parte de cirurgias eletivas e exames, motivos de maior reclamação contra o HU. Segundo o conselho, o hospital recebe para prestar esses serviços, mas deixa de atender os pacientes.

Segundo o secretário Municipal de Saúde, Sebastião Nogueira, uma opção é transferir os procedimentos para o Hospital Regional de Cirurgias, ativado em Dourados no ano passado pelo governo do Estado.

Presente na reunião, o gerente administrativo do HU, Paulo César da Silva, informou que o hospital vai recorrer à Justiça para manter o contrato e continuar prestando serviço à população.

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