Delegado e sargento de Ribas do Rio Pardo eram alvo de plano do PCC
O sargento da Polícia Militar na cidade, Marcos Augusto Barbosa, também foi ameaçado
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciou à Justiça os integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) que planejavam a morte do delegado Bruno Santacatharina Carvalho e do sargento da Polícia Militar, Marcos Augusto Barbosa, ambos de Ribas do Rio Pardo.
Operação Malleus, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), desencadeada no último dia 11 de fevereiro cumpriu 32 mandados de prisão contra membros da facção, maioria deles – 15 – já presos.
Na ocasião, um dos chefes do Tribunal do Crime do PCC, Wanderson Santos de Jesus, 23 anos foi morto em confronto com a polícia em Fátima do Sul. Ele ordenava as execuções do grupo, como a de uma mulher em Fortaleza (CE).
As investigações do Gaeco começaram com interceptações telefônicas realizadas entre junho de 2020 e fevereiro deste ano. Nelas, foi identificada a pessoa de Devanir de Almeida Benevides, 42 anos, vulgo “Aninha”, que conspirou com outros integrantes da facção para matar o policial e o delegado.
Conforme o Gaeco, em ligação com Thiago Alessander da Silva, “Thiaguinho” ou “Frajola” e com o irmão dela, Sérgio Almeida Balbuena, “Buguim” ambos presos, foi aventada a morte dos policiais por esses estarem interferindo nas ações da facção ou terem prejudicado membros do PCC.
Na fala com Thiago, que estava prestes a receber liberdade condicional, Devanir questiona como seria quando Augusto o visse. O preso então responde que “vai (...) nenhuma! Vou matar esse careca antes”, sentenciou.
Contra o delegado, a conversa foi com Sérgio, que impõe a culpa por suas condenações ao policial, citando que há “juros” a serem cobrados dele, ao que Devanir responde que “vamos matar ele logo de vez”.
Devanir, conforme registros policias, “possui extensa ficha criminal sendo autora dos delitos de: tráfico de drogas, receptação, associação criminosa, dentre outros. Atualmente se encontra sob o Regime Monitoração Eletrônica (tornozeleira eletrônica)”.
Já Sérgio, tem passagem policial por tráfico de drogas, ameaça, homicídio qualificado, receptação, roubo, dentre outros e está custodiado no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima, em Campo Grande.
Thiago também está no Presídio de Segurança Máxima, havendo contra ele registros por porte de drogas para consumo pessoal, roubo majorado, dano qualificado, porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal dolosa, corrupção de menores e tráfico de drogas.
Outras 33 pessoas foram denunciadas e respondem a diversos crimes, entre eles tráfico de drogas e associação criminosa.