Diretor rebate falta de equipamentos e anuncia testagem de presos
Carlos Jardim garante que todas as providências para impedir contágio foram tomadas no presídio de Ponta Porã
A direção da Unidade Penal Ricardo Brandão, em Ponta Porã, cidade a 323 km de Campo Grande, rebateu denúncias de má qualidade dos EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual) e de álcool em gel enviados aos servidores do presídio. O caso foi mostrado na noite desta quinta-feira (9) pelo Campo Grande News.
À reportagem, o diretor Carlos Jardim afirmou hoje que a unidade é considerada bom exemplo por ter adotado as providências desde o início da pandemia e garantiu que todos os servidores seguem as medidas sanitárias para impedir surto do novo coronavírus no presídio com quase 700 internos.
Nesta semana, a juíza Tatiane Decarli da 1ª Vara Criminal de Ponta Porã, suspendeu a transferência de presos provisórios para o local por 14 dias devido à superlotação e ao contágio de cinco detentos, levados recentemente para o local pela Polícia Federal.
“Tomamos todas as providências desde o começo da pandemia. Adotamos medidas rígidas para higienização dos servidores. Nos acessos e corredores das unidades, não faltam equipamentos nem álcool em gel”, afirmou Carlos Jardim. Veja galeria de fotos abaixo.
Ele confirma que cinco presos levados pela PF apresentaram resultado positivo através de teste rápido e estão isolados. Segundo o diretor, os detentos que tiveram contato com os infectados também estão isolados e todos passarão por testagem em massa na segunda-feira (13). A ação será feita em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.
O diretor do presídio concordou com a falta de testes para examinar todos os servidores e presos, mas, segundo ele, esse é um problema que ocorre em todo o país, pois não há material para testar todo mundo. “O sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul recebeu 2.100 testes, mas tem 20 mil presos”.
Infectados – Em nota, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) confirmou hoje que os cinco internos transferidos da carceragem da Polícia Federal para a Unidade Penal Ricardo Brandão testaram positivo para a covid-19. “A constatação foi feita durante triagem realizada no presídio. Os casos já foram notificados a todas as autoridades competentes”.
Assim como informou Carlos Jardim, a agência diz que os presos estão isolados do restante da massa carcerária, cumprindo a quarentena estabelecida pelos órgãos de saúde e sendo acompanhados pela equipe médica do estabelecimento prisional.
“O presídio de Ponta Porã não apresentou nenhum caso da doença entre os custodiados desde o início da pandemia. No local, a direção, seguindo orientações da Agepen, vem adotando uma série de medidas preventivas e de sanitização, desde o acesso à unidade e às instalações carcerárias”, afirma a nota. Ainda conforme a agência, máscaras são fornecidas a todos os servidores e internos.
A Agepen garante que tem disponibilizado grande volume de materiais de higiene e desinfecção a todos os presídios do Estado.
No caso específico da unidade de Ponta Porã Porã, além de os servidores terem recebidos cinco máscaras de modelo comum, a direção adquiriu máscaras modelo N95. Os funcionários também receberam 65 protetores faciais do modelo “face shield” da Rede Solidária CoronaVidas.
“Além disso, todos os servidores receberam máscaras de tecido triplo que a direção da unidade mandou confeccionar. Em todos os postos de trabalho e setores da unidade é disponibilizado álcool 70”, afirma a nota da Agepen.
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