Em 9º dia de protesto, caminhoneiros bloqueiam parte da rodovia MS-134
Caminhoneiros retomam protesto neste domingo (1º), com paralisação na MS-134, entre Nova Andradina e o distrito de Casa Verde, a 300 quilômetros de Campo Grande. Os mais de 150 caminhões ocupam uma faixa, permitindo a passagem de veículos pequenos e ônibus, na manifestação que teve início após as 8h, segundo a PMRE (Polícia Militar Rodoviária Estadual).
A PMRE acompanha a paralisação com uma viatura e três militares no local, que fica a seis quilômetros do Centro de Nova Andradina. A fila de caminhões já se estende por mais de três quilômetros, segundo o jornal Nova Notícias.
Ainda não há interdições em outros trechos, de acordo com a polícia. Ontem (28), os transportadores interditaram parcialmente trechos de oito rodovias estaduais, a maioria na região de Dourados e um deles na MS-040, próximo a Campo Grande. Eles informaram aos policiais que retomariam as intervenções hoje.
O protesto começou nas rodovias federais e migrou para as estaduais depois que a Justiça determinou o fim dos bloqueios, sob pena de multa de R$ 10 mil por hora, além de penalidades por infração de trânsito. Na sexta-feira (27), a PRF colocou a tropa de choque com 80 policiais na BR-163, saída para São Paulo, em Campo Grande, para cumprir decisão da Justiça.
Na manhã de sábado (28), duas pessoas ficaram feridas em acidente na MS-156, durante o protesto, em Dourados, a 233 quilômetros da Capital, segundo o jornal Dourados Agora. Um motorista, que não quis aderir à manifestação, manobrou o caminhão para fazer o retorno na rodovia e bateu em um carro. O condutor e o passageiro do veículo ficaram feridos e foram levados ao Hospital da Vida. Os dois permanecem internados e os estado de ambos é estável.
Em São Gabriel do Oeste, o prefeito Adão Rolim (PSD), declarou estado de emergência pública na sexta-feira (27). No mesmo dia, a manifestação teve apoio de comerciantes de Dourados, que fecharam as portas por uma hora durante a tarde.
Reivindicação - As empresas de transporte e autônomos querem a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) sobre o óleo diesel, de 17% para 12%; além do aumento do preço do frete, em Mato Grosso do Sul. Os caminhoneiros reclamam que o imposto alíquota do imposto é de 12% em Estados vizinho, como São Paulo e Paraná e o valor do frete tem defasagem de, pelo menos, dez anos.