Carreata de apoio aos caminhoneiros vira ato pelo impeachment de Dilma
A carreata de apoio aos caminhoneiros, que bloqueiam as rodovias em vários estados desde a semana passada, transformou-se em ato de protesto contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Cerca de mil pessoas em 300 automóveis – segundo a Polícia Militar – participam da manifestação, que começou nos altos da Avenida Afonso Pena, por volta das 10h15 de hoje (28) e segue até a MS-040, na saída para a região de Três Barras.
A concentração começou por volta das 9h na frente da Cidade do Natal. Os carros estão com faixas e bandeiras de apoio aos caminhoneiros, que protestam contra o aumento no preço do óleo diesel, a defasagem no preço do frete e pela redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de 17% para 12% sobre o combustível.
Os carros também estão com faixas de protesto contra o PT e a presidente Dilma. “Chega de aumento de impostos”, “Fora Dilma” e “Impeachment já”, são algumas das frases estampadas nas faixas.
Um dos participantes do ato é o empresário Valcir Francisco, 47 anos. Dono de transportadora, ele disse que os caminheiros estão sendo submetidos a condições de trabalho escravo. Também criticou a decisão do Governo de multar os caminhoneiros que bloqueassem as rodovias federais, conforme determinação judicial, que fixou multa em R$ 10 mil a hora. “Achei um absurdo”, comentou Francisco.
A carreata saiu da Avenida Afonso Pena, passou pelo Bairro Cidade Jardim e pela BR-262, na saída para Três Lagoas. O grupo será escoltado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) e pela Polícia Militar.
O protesto é pacífico e seguirá até a MS-040, região de Três Barras, onde os caminhoneiros estão parados desde às 6h de hoje. Cerca de 80 veículos já estavam no local por volta das 9h de hoje.
Um dos organizadores do protesto se recusou a dar entrevista e acusou o Campo Grande News de ser defensor do PT. Um outro também acusou a imprensa de não apoiar os caminhoneiros.
Entre os manifestantes estavam os organizadores de outros dois protestos contra Dilma, que fracassaram na Capital. Agora, o grupo pega carona no movimento dos caminhoneiros para pedir o impeachment de Dilma.