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Interior

Em caminhão com contrabando, cigarreiro foge de policiais por 22 km

Perseguição ocorreu na BR-376 em Ivinhema e motorista só parou após tiros nos pneus

Helio de Freitas, de Dourados | 15/10/2020 14:15
Policial sobre carroceria de caminhão com 29 mil pacotes de cigarro (Foto: Divulgação)
Policial sobre carroceria de caminhão com 29 mil pacotes de cigarro (Foto: Divulgação)

Motorista contratado pela máfia do cigarro, Charles Rodrigo de Lima Silva, 26, fugiu de policiais rodoviários federais nesta quarta-feira (14) na BR-376. Durante 22 km, ele colocou a segurança de outros motoristas em risco dirigindo na contramão com o caminhão carregado com 29 mil pacotes de cigarro.

Charles também jogou o veículo na direção da viatura para tentar escapar e só reduziu a velocidade após os pneus esquerdos serem atingidos por tiros de pistola 9 milímetros e carabina 5.56.

A perseguição ocorreu perto do distrito de Amandina, município de Ivinhema. Desde 1º de outubro, esse trecho da rodovia passou para a jurisdição da delegacia da PRF em Dourados. Ao parar o caminhão, Charles foi cercado e desceu da cabine sob a mira de armas.

Veja o vídeo da perseguição e da abordagem ao “cavalo doido do cigarro”:

O caminhão Mercedes Benz com placa de Mato Grosso do Sul estava carregado com 580 caixas de cigarro Gift. A marca responde por 10% das vendas de tabaco no Brasil e é a terceira mais consumida no País. Cada caixa tem 50 pacotes e cada pacote tem dez maços.

Morador em Itaquiraí, Charles Rodrigo de Lima Silva, 26, disse que apesar de ser dono do caminhão, pegou o veículo já carregado entre Eldorado e Iguatemi, principal rota do cigarro produzido no Paraguai e enviado ilegalmente para o território brasileiro.

Charles alegou não conhecer a pessoa que o contratou, mas disse ter conhecimento que se tratava de contrabando de cigarro. Ele se comunicava por celular com outros integrantes da quadrilha que seguiam atrás e na frente.

O destino da carga seria Presidente Epitácio (SP). Se chegasse com o contrabando ao destino, disse que receberia R$ 8 mil. A carga foi levada para a Receita Federal e o caminhoneiro entregue à Polícia Federal em Dourados.

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