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Interior

Em nova fase da Lava Jato, PF vasculha mansão na fronteira

Equipes da Polícia Federal estão na residência da família Mota, na Avenida Brasil; pecuaristas seriam ligados a Dario Messer

Helio de Freitas, de Dourados | 19/11/2019 08:12
Viatura da Polícia Federal em frente à mansão da família Motta, em Ponta Porã (Foto: Porã News)
Viatura da Polícia Federal em frente à mansão da família Motta, em Ponta Porã (Foto: Porã News)

A Operação Patron, nova fase da Lava Jato, desencadeada nesta terça-feira (19) no Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul, cumpre mandados em uma mansão localizada no centro de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.

Viaturas da PF estão na residência de alto padrão localizada na Avenida Brasil esquina com Rua Jorge Salomão, no centro da cidade fronteiriça. No local mora o empresário Antonio Mota, dos ramos de frigorífico e agropecuária.

Ainda não há detalhes sobre os mandados que estão sendo cumpridos na casa de Antonio Mota, pecuarista bastante conhecido na fronteira.

Homem identificado como Orlando Stédile, que seria de Ponta Porã, foi preso no Rio de Janeiro, segundo a Globo News.

A Operação Patron é desdobramento da Operação Cambio Desligo e tem como finalidade reprimir os crimes de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, cometidos pelo núcleo que continuou as práticas para apoiar a fuga do doleiro Dario Messer, ocultando o foragido e seus bens.

Entre os alvos dos mandados de prisão está o ex-presidente do Paraguai e senador vitalício do Partido Colorado, Horário Cartes, ligado a Dario Messer. O nome da operação (Patron) é uma referência à forma como Messer se referia ao ex-presidente.

Segundo a PF, a quadrilha alvo da operação de hoje ocultou US$ 20 milhões, sendo mais de US$ 17 milhões num banco nas Bahamas, e o restante pulverizado no Paraguai entre doleiros, casas de câmbio, empresários, políticos e uma advogada.

Estão sendo cumpridos 37 mandados judiciais expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, na Cidade do Rio de Janeiro e Armação dos Búzios, Grande São Paulo e Ponta Porã, sendo 16 mandados de prisão preventiva, três mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão.

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