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Interior

Em novo ataque de “justiceiros”, pai e filho são executados na fronteira

Ao lado dos corpos foram deixados bilhetes com recado de “não roubar”, marca dos exterminadores

Helio de Freitas, de Dourados | 28/04/2021 12:41
Folhas de papel com frase “não roubar” deixadas ao lado dos corpos (Foto: Direto das Ruas)
Folhas de papel com frase “não roubar” deixadas ao lado dos corpos (Foto: Direto das Ruas)

Pai e filho foram executados a tiros e os corpos deixados em uma estrada de terra na faixa de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. Ao lado dos cadáveres localizados nesta quarta-feira (28) foram encontradas duas folhas de papel com a frase “não roubar”.

O “recado” é marca usada por grupos de extermínio atuantes na linha internacional para identificar acusados de roubos e furtos que são executados por causa dos crimes que praticavam. Nos últimos dois anos, vários suspeitos foram mortos pelos “justiceiros da fronteira”.

Os corpos de Rodolfo Romero Enciso, 42, e do filho dele, Ronaldo Romero Enciso, de 16 anos de idade, foram encontrados em uma estrada vicinal na colônia Ñepytyvô, no distrito de Yby Yaú (a 110 km de Ponta Porã, MS). Rodolfo tinha antessentes criminais por pequenos delitos, segundo a polícia.

Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, os dois foram executados com vários tiros na cabeça. Inicialmente a suspeita é que os dois tenham sido mortos a tiros de escopeta. Os corpos foram levados para uma funerária privada de Yby Yaú, para serem inspecionados.

Investigadores da polícia e representantes do Ministério Público se deslocaram para a região na tentativa de descobrir os autores da dupla execução. Entretanto, crimes de execuções, assim como ocorre no lado brasileiro da fronteira, raramente são elucidados pela polícia paraguaia.

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