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Interior

Empresário preso há duas semanas por estupro abusou de outra sobrinha

Vítima que hoje tem 23 anos deu depoimento e acusou o tio após irmã mais nova denunciar estupro

Helio de Freitas, de Dourados | 14/02/2023 13:27
Viaturas em frente à loja de empresário, no dia da prisão, em 31 de janeiro (Foto: Arquivo)
Viaturas em frente à loja de empresário, no dia da prisão, em 31 de janeiro (Foto: Arquivo)

O empresário J.A.C., 48, preso há duas semanas acusado de estuprar a sobrinha por quatro anos, também abusou da irmã mais velha da menina.

Os crimes, ocorridos em Vicentina (a 248 km de Campo Grande), foram relatados pela vítima, atualmente com 23 anos de idade, após a irmã mais nova denunciar o tio, irmão do pai de ambas.

Nesta terça-feira (14), a Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou o empresário por crimes cometidos contra as duas sobrinhas. Se condenado, ele pode pegar até 80 anos de prisão.

Segundo a Polícia Civil, quando tinha 12 anos, a sobrinha mais velha disse ter sofrido abuso por parte do tio em duas oportunidades. Apesar de não ter conseguido praticar conjunção carnal, o homem praticou atos libidinosos contra a sobrinha, configurando estupro de vulnerável.

J.A.C. é dono de uma oficina de motos localizada no cruzamento da Avenida Hayel Bon Faker com a Rua Adroaldo Pizzini, no Jardim Rigotti, em Dourados. As vítimas moram em Vicentina, onde o homem chegou a manter uma oficina de motos, para ficar perto da sobrinha.

Após saber que os crimes tinham sido denunciados à polícia, ele fechou a loja naquela cidade e foi preso em Dourados, no dia 31 de janeiro, data em que foi deflagrada a Operação Castelo de Areia.

Segundo a polícia, após laudo preliminar de análise do celular e dos computadores do investigado, foram encontradas imagens com crianças e adolescentes com trajes de banho e roupas íntimas em fotos e vídeos com conotação sensual e sexual, acessados diariamente pelo empresário.

“Não fosse o bastante, em seu histórico de buscas na internet, havia inúmeras pesquisas a sites com conteúdo de incesto, ou seja, prática de atos sexuais com membros da mesma família. Denotando, dessa forma, que além do hábito de satisfazer a sua abjeta lascívia com crianças e adolescentes, o mecânico de motos sentia forte atração também pela atuação sexual envolvendo familiares, justamente o perfil das suas vítimas: crianças e adolescentes pertencentes ao seu grupo familiar (sobrinhas)”, informou a Polícia Civil.

Segundo o delegado Bruno Carlos dos Santos, que conduziu as investigações, depoimentos de vítimas, testemunhas, áudios e mensagens enviados pelo próprio indiciado deixaram claro que J.A.C praticou crimes de estupro , estupro de vulnerável, favorecimento da prostituição, violência psicológica, perseguição e pedofilia.

O inquérito policial que tramitava na Delegacia de Polícia de Vicentina foi enviado para o Poder Judiciário em Fátima do Sul. O empresário está recolhido na PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

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