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Interior

Envolvido em escândalo sexual com preso, servidor vai para presídio vizinho

Agente que trocava conversas por WhatsApp com detento foi afastado da PED, mas já está trabalhando no semiaberto

Helio de Freitas, de Dourados | 28/01/2021 15:44
Agentes vigiam banho de sol na Penitenciária de Dourados (Foto: Divulgação)
Agentes vigiam banho de sol na Penitenciária de Dourados (Foto: Divulgação)

Um dia depois de ser “colocado à disposição”, ou seja, dispensado de suas funções, na Penitenciária Estadual de Dourados, o servidor público envolvido em escândalo sexual no maior presídio de Mato Grosso do Sul já está trabalhando em outra unidade.

Alvo de investigação da Corregedoria da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), o policial penal se apresentou nesta quinta-feira (28) no presídio semiaberto de Dourados, localizado ao lado da PED.

Conforme fontes ouvidas pelo Campo Grande News, apesar da denúncia de que vinha mantendo relacionamento com um dos presos e conversando com o “namorado” através de aplicativo de celular – em tese acobertando irregularidade, já que preso não pode ter celular – o agente penitenciário não foi afastado, mas apenas colocado à disposição. Hoje foi relocado em outra unidade, o semiaberto.

A reportagem apurou que por regra interna, o afastamento só acontece quando a Corregedoria, através de comissão de sindicância, determina a medida para não atrapalhar eventuais investigações. Como isso não ocorreu, ele foi designado para outro presídio. O agente é irmão de uma servidora que ocupa cargo de chefia na penitenciária.

Além do suposto relacionamento do servidor com um dos presos, outro escândalo envolve a conversas também por aplicativo de celular entre detentos e profissionais de enfermagem do setor de saúde da PED. Essas profissionais são servidoras do município de Dourados, cedidas para a penitenciária.

Fotos das enfermeiras nuas e as conversas do servidor com o preso foram encontradas nos celulares apreendidos em vistorias feitas no fim de semana. A Agepen não informou o número, mas pelo menos 37 aparelhos teriam sido apreendidos, 12 deles na “capela”, setor destinado a presos com curso superior e políticos, mas também usado para abrigar outros detentos de mais sorte.

Um dos presos envolvidos no escândalo é Jeanderson Bronel Lavrati Nunes, condenado a 25 anos de prisão por latrocínio (roubo seguido de morte), ocorrido em 2011, em Laguna Carapã. Jeanderson era o chefe da cantina do presídio. Após a descoberta dos celulares, ele perdeu a regalia e foi levado para a cela disciplinar.

A Secretaria de Saúde de Dourados informou ontem que investiga a conduta das servidoras. A Agepen informou que elas foram colocadas à disposição do município.

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