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Interior

Estado Islâmico dá dicas para atacar o Brasil e avisa sobre fronteira aberta

Anny Malagolini | 21/07/2016 09:10
Exército iniciou no mês passado operação na fronteira. (Foto: Helio de Freitas)
Exército iniciou no mês passado operação na fronteira. (Foto: Helio de Freitas)

As Olimpíadas no Rio de Janeiro começam no dia 5 de agosto, e a suspeita de que grupos ligados ao Estado Islâmico e outras facções jihadistas, estariam armando um plano para atacar o Brasil durante o evento, colocou o Estado de Mato Grosso do Sul como possível alvo do terrorismo, conforme publicação do jornal Estadão desta quinta-feira, 21.

Mato Grosso do Sul não irá sediar nenhum evento Olímpico, mas por estar localizado na fronteira entre Brasil e Paraguai, 1,5 mil quilômetros de extensão, seria a porta de entrada para os ataques. Nesta caso ainda é levado em consideração a baixa segurança desta região e as atividades ilícitas em abundância, como o narcotráfico, contrabando, descaminho de mercadorias e veículos roubados, poderia oferecer ainda mais facilidade o terrorismo.

A informação de que a fronteira poderia ser um dos meios de entrada de terroristas no Brasil, teria sido recebida por mensagens do aplicativo Telegram, conforme revelou análise do SITE Intelligence, consultoria especializada na atuação de grupos extremistas na internet, que é referência no tema até para o governo dos EUA. 

O autor das mensagens orientou os seguidores a se aproveitarem das favelas do Rio onde a criminalidade é disseminada e a usarem a "porosa fronteira" com o Paraguai para levar armas ao Brasil. Para o chefe da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), José Carlos Barbosa, a fronteira com Mato Grosso do Sul não é a única preocupação, pois o país faz fronteira com 10 países e em outros 10 estados brasileiros.

A única forma de evitar a entrada de terrorista, segundo ele, é intensificando a fiscalização. “Se tentarem entrar no Brasil, não será de forma legal, pedindo visto. Será clandestinamente, usando documento falso, é um assunto que estamos discutindo, porque ainda temos uma fronteira seca de 500 km”, disse.

O secretário também amenizou e disse que os boatos despertam, mais um vez, a necessidade de se ter um reforço para atuar de forma permanente nessas regiões, no entanto, afirmou que a fronteira localizada no Estado está protegida. “Já temos atuações nessas áreas das policiais federais, grupos de fonteiras e barreiras móveis. E o Estado do Rio de Janeiro vai contar com 80 mil homens”, tranquilizou.

Entretanto, o Estado também está colaborando com a segurança do evento no Rio de Janeiro, para isso foram enviados 425 agentes, entre militares das Forças Armadas, policiais e bombeiros de Mato Grosso do Sul. A medida forçou remanejamentos em algumas dessas corporações para tentar contornar o déficit de agentes no período.

A última operação na fronteira realizada pelo Exército Brasileiro foi desencadeada no mês passado e denominada Ágata. Cerca de 3 mil militares estão atuando nos municípios de fronteira, com auxílio da Marinha e Forças Armadas.

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