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Interior

Executado em Ponta Porã tinha matado dois em emboscada na Capital

Ezequiel Romero Spinoza estava usando documento falso em nome de Victor Hugo Colman; ele foi morto em ataque em Ponta Porã

Helio de Freitas, de Dourados | 24/01/2017 16:20
Ezequiel armou emboscada e matou dois inimigos, em agosto do ano passado (Foto: Alcides Neto)
Ezequiel armou emboscada e matou dois inimigos, em agosto do ano passado (Foto: Alcides Neto)
Hoje de manhã, Ezequiel foi morto em Ponta Porã (Foto: Ponta Porã Informa)
Hoje de manhã, Ezequiel foi morto em Ponta Porã (Foto: Ponta Porã Informa)

O homem executado na manhã desta terça-feira (24) em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, estava usando documento falso em nome de Victor Hugo Colman. De acordo com policiais da fronteira, trata-se do paraguaio Ezequiel Romero Spinoza, 29, que em agosto do ano passado foi acusado de matar dois homens no bairro Nova Lima, em Campo Grande. O delegado Roberto Faria, de Ponta Porã, confirmou tratar-se da mesma pessoa.

Magno Gauber Guimarães e Ailton Márcio de Oliveira Ferreira, ambos com 32 anos de idade, foram mortos a tiros de pistola 9 milímetros no dia 12 de agosto do ano passado. Eles seriam integrantes de facções criminosas.

De acordo com a Polícia Civil, os dois pretendiam matar Ezequiel Romero Spinoza, dono da construção onde o crime ocorreu, na Rua Randolfo Lima. Ao perceber a chegada dos pistoleiros, Ezequiel atirou primeiro. Atingiu um dentro do carro e outro já no quintal da obra.

Na época, o delegado Weber Luciano de Medeiros, responsável pela investigação, disse que o caso foi elucidado após perícia descobrir que os tiros foram dados de dentro da casa. Os pedreiros que trabalhavam na obra mentiram sobre o crime. “Eles só confirmaram a versão verdadeira depois que a gente descobriu que o atirador estava dentro da residência”, explicou o policial.

Após o crime, Ezequiel fugiu para Pedro Juan Caballero, mas entrou em contato com a polícia por meio do advogado de defesa e disse que iria se apresentar até o dia 15 de setembro do ano passado. “No meu entendimento o crime foi por legítima defesa, além disso ele colaborou com as investigações”, afirmou o delegado do caso, no fim de novembro, explicando que o criminoso responderia em liberdade.

Ezequiel relatou na época que estava em casa com a irmã e a sobrinha quando Magno e Ailton chegaram em um Fiat Uno branco. Ao perceber que Ailton havia descido com uma pistola na mão, Ezequiel se armou, foi para o portão e disparou contra o atirador.

Em seguida, Ezequiel correu até o carro e matou Magno, que esperava o comparsa do lado de fora e tentou fugir quando viu que Ailton havia sido baleado. Depois do duplo homicídio, ele embarcou em um ônibus e foi para o Paraguai. A arma usada por ele foi entregue pelo advogado à polícia.

Executado – Na manhã de hoje, Ezequiel conduzia uma caminhonete Toyota Hilux SW4 prata, com placa de Ponta Porã, quando foi cercado por quatro pistoleiros em um GM Ônix vermelho com placa do Paraguai. Ele foi morto com vários tiros de fuzil e pistola.

Enquanto tentava fugir, ele atropelou o motociclista Mezadeque dos Santos Almeida, 25. A moto parou embaixo da caminhonete.

Outros dois homens estavam na Toyota Hilux. Pessoas que foram ao local após o atentado gravaram um vídeo em que um deles, de camisa vinho e bermuda, sai do banco do carona andando e desparece. Ele ainda não foi identificado.

Júlio Gamarra Garcia, 33, também paraguaio, era o terceiro ocupante da caminhonete. Ele foi atingido de raspão e está hospitalizado, mas fora de perigo, segundo o site Porã News.

(Colaboraram Mary de Oliveira e Leo Veras)

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