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Interior

Executivo do tráfico, brasileiro abastecia PCC e Comando Vermelho

Levi Adriani Felício foi preso na manhã de hoje em Assunción e o braço direito dele foi preso em Pedro Juan Caballero

Helio de Freitas, de Dourados | 14/10/2019 08:41
Brasileiro Levi Felício é conduzido por agentes da Senad, hoje em Assunción (Foto: Divulgação)
Brasileiro Levi Felício é conduzido por agentes da Senad, hoje em Assunción (Foto: Divulgação)

Preso na manhã desta segunda-feira (14) em Assunción, capital do Paraguai, o brasileiro Levi Adriani Felício, 52, é apontado pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) como importante chefe do narcotráfico e principal fornecedor de drogas para as duas maiores facções criminosas do Brasil, o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho.

Levi foi preso em seu apartamento na Vila Morra, em Assunción. No local os agentes da Senad encontraram grande quantidade de munições, fuzis automáticos e pistolas. Uma brasileira que estava com ele foi detida. Imagens gravadas pela Senad revelam o poder de fogo e o luxuoso apartamento do chefe narco, como mostra o vídeo abaixo.

Já em Pedro Juan Caballero, a Senad prendeu o braço-direito de Levi, o brasileiro Marcio Gayoso, 27, o “Candonga”, também encontrado em casa luxuosa.

O ministro da Senad Arnaldo Giuzzio disse que Levi é um executivo do narcotráfico que abastece tanto o PCC quanto o Comando Vermelho através das rotas instaladas no país vizinho. Candonga era o responsável em receber os carregamentos em Pedro Juan Caballero e entregar às facções, através de Ponta Porã (MS), cidade a 323 km de Campo Grande.

“Se dependesse de mim, optaria por expulsar esses criminosos de grande periculosidade. É muito perigoso tê-los na prisão aqui”, afirmou Arnaldo Giuzzio em entrevista nesta manhã à rádio ABC Cardinal. Entretanto, segundo o chefe da Senad, a decisão cabe ao Ministério Público e ao Ministério do Interior do Paraguai.

Segundo o ministro paraguaio, há tempos Levi é considerado o chefe da rota de cocaína e maconha fornecidas especialmente ao PCC, mas também ao Comando Vermelho. “Era como um executivo”, afirmou Giuzzio.

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