Família Rafaat inocenta concorrente e pede segurança ao governo paraguaio
A família de Jorge Rafaat Toumani distribuiu comunicado, nesta segunda-feira (20), pedindo proteção do governo do Paraguai para retomar as atividades nas empresas e diz não acreditar nos “rumores” do envolvimento do narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão na execução, ocorrida na noite da última quarta-feira (15).
Uma das ligações que as autoridades paraguaias fazem do envolvimento de Pavão com o crime é que o caminhonete usada na emboscada foi encontrada numa obra que pertenceria ao traficante, com manchas de sangue, a metralhadora usada e pelo menos três cintas de munição, cada uma com 100 tiros.
No comunicado, publicado pelo site Capitan Bado, a família de Rafaat afirmam não crer na hipótese de envolvimento de Pavão na execução, pois além deles serem amigos os filhos também mantinham amizades e eram sócios em uma produtora de eventos.
Dizem ainda que não querem mais derramamento de sangue, a guerra, mas paz para eles, para os funcionários e para a fronteira. Ao final, pedem que o governo paraguaio garanta a segurança dos familiares e nas empresas, para que os funcionários possam retomar os seus trabalhos.
E afirmam que Jorge Rafaat era empresário que não tinha nenhuma problema com a justiça paraguaia e que gerava vários empresos diretos e indiretos.
A execução – Jorge Rafaat Toumani era considerado o “Rei da Fronteira”. Foi executado em uma ação cinematográfica, com a participação de cerca de 100 pistoleiros contratados para matá-lo. Do lado da vítima, 30 seguranças para fazer frente ao ataque. As imagens que circularam nas redes sociais, mostram de 15 a 20 minutos de troca de tiros.
A caminhonete Hummer blindada dirigida pelo “Rei da Fronteira” foi interceptada num cruzamento de Pedro Juan Caballero, quando ele retornava para casa à noite. Um utilitário que tinha na parte traseira uma metralhadora .50, passou à frente e o atirador, o brasileiro Sérgio Lima dos Santos, descarregou uma “cinta” de munição.
A vítima morreu no local. O atirador acabou sendo baleado, levado por integrantes da quadrilha para o hospital de Pedro Juan Caballero e posteriormente transferido para unidade de saúde de Assunção, por causa da gravidade do seu quadro clínico. O motorista do carro desapareceu.