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Interior

Mais uma empresa de Rafaat é atacada e família se refugia em fortaleza

Segurança foi desarmado por pistoleiros, que entraram em prédio, espalharam gasolina, mas desistiram de colocar fogo; ataque a narcotraficante ainda causa pânico na fronteira

Helio de Freitas, de Dourados | 17/06/2016 11:17
Porta de vidro do escritório foi arrebentada a tiros na madrugada de hoje (Foto: Leo Veras/Porã News)
Porta de vidro do escritório foi arrebentada a tiros na madrugada de hoje (Foto: Leo Veras/Porã News)

O escritório de uma empresa de segurança privada que faz parte do império do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, 54 anos, morto em uma emboscada feita por pelo menos cem pistoleiros na noite de quarta-feira (15) em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, foi atacado na madrugada de desta sexta-feira (17).

Homens armados invadiram derrubaram uma grade de ferro, arrebentaram a porta de vidro a tiros e invadiram o prédio da empresa de segurança privada Bureau Gal, localizado na Rua Tenente Herrero, na cidade paraguaia vizinha a Ponta Porã.

No local eles dominaram o segurança, tomaram dele uma pistola 9 milímetros e uma escopeta calibre 12 e depois vasculharam todas as salas e espalharam gasolina nos cômodos, mas não chegaram a atear fogo.

Paredes e o portão do prédio também foram crivados de tiros disparados com armas automáticas e mais uma vez a população de Pedro Juan Caballero entrou em pânico com o barulho dos disparos.

O ataque é mais uma investida do grupo criminoso que planejou a morte de Jorge Rafatt, o “Saddan”, apontado como o rei do narcotráfico na fronteira entre Paraguai e Brasil.

Na madrugada seguinte à morte, os bandidos tinham incendiado a Pneus Porã, a maior das lojas pertencentes ao narcotraficante e bastante conhecida por ser um dos locais onde muitos sul-mato-grossenses compram pneus importados. Mesmo com o dólar alto, o pneu do Paraguai custa um terço do valor no Brasil.

Família refugiada – O Campo Grande News apurou nesta sexta-feira que os familiares de Jorge Rafatt estão refugiados na fortaleza que o empresário montou em Pedro Juan Caballero, escoltados por policiais paraguaios.

Na fronteira, os comentários são de que outro traficante poderoso da região, Jarvis Chimenes Pavão, teria se aliado ao PCC (Primeiro Comando da Capital) para eliminar Rafaat e permitir a expansão da organização criminosa, que tem sociedade com criminosos brasileiros, especialmente de São Paulo e do Rio de Janeiro, grandes centros consumidores de drogas.

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