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Interior

Funcionário de praça de pedágio diz que foi agredido por policiais

Caso aconteceu na manhã deste domingo, no km 533 da BR-163

Por Viviane Oliveira | 03/12/2023 17:02
Praça de pedágio na BR-163 (Foto: reprodução / Google)
Praça de pedágio na BR-163 (Foto: reprodução / Google)

Homem de 28 anos, funcionário da praça de pedágio do km 533 da BR-163, procurou a Polícia Civil para denunciar por agressão dois policiais federais, na manhã deste domingo (3), em Jaraguari, distante 44 quilômetros de Campo Grande, no Km 533 da BR-163.

Conforme boletim de ocorrência, registrado pelo gerente de operações da vítima, as imagens de câmeras de segurança que mostram os policiais agredindo o funcionário foram gravadas pelo CCO (Centro de Controle Operacional) e entregues à Polícia Civil para apuração dos fatos.

O gerente contou que o colaborador estava exercendo suas funções, quando recebeu na cabine de número 5, uma caminhonete descaracterizada, de cor branca. Imediatamente, os ocupantes, tanto o motorista quanto o passageiro, informaram que o veículo era viatura oficial.

Seguindo os procedimentos, o funcionário checou a placa no sistema e não encontrou nada cadastrado. Já o número que constava no CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo) apresentado era totalmente ilegível.

O condutor da caminhonete apresentou a identificação funcional e como se tratava da Polícia Federal, o funcionário explicou que a empresa possui regras para liberação de veículos oficiais e que a caminhonete em questão não se encaixava nas normas.

Segundo o colaborador, apenas os carros da PRF (Polícia Rodoviária Federal) eram liberados com a apresentação da identidade funcional do policial em razão de um convênio firmado entre a empresa e os órgãos.

Os policiais se exaltaram diante da negativa, segundo o registro policial. Um dos ocupantes desceu e tentou quebrar a cancela, mas não conseguiu. Eles, então, voltaram para a cabine e pediram para falar com o responsável, mas o colaborador informou que ele era o responsável pelo local. Foi neste momento que os dois começaram a intimidar o trabalhador falando que ele estava preso.

O colaborador disse que não iria acompanhá-los à delegacia, porque havia feito o procedimento correto, determinado pela empresa. Ele, então, foi imobilizado pelos policiais, jogado ao chão, algemado com as mãos para trás e levado para a caminhonete. Na sequência, apareceu uma viatura da PRF, conforme narrado no boletim de ocorrência.

Após os policiais conversarem entre si, a algema foi retirada do trabalhador. Um PRF então teria dito à vítima: “Bicho, você é burro, se é louco, os caras vão te complicar. Se você não liberar os caras, teremos que te levar e vai complicar a sua vida”. Com medo, o funcionário liberou a passagem dos policiais e acionou a supervisão, que foi à delegacia registrar a ocorrência.

Segundo a vítima, deseja representar criminalmente contra os policiais. A matrícula de um deles foi informada na delegacia. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Federal e aguarda retorno.

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