Fundada em Dourados associação brasileira das vítimas da covid-19
Entidade nasce com promessa de defender pessoas infectadas e impactadas pela pandemia
Foi fundada em Mato Grosso do Sul a primeira associação das vítimas do novo coronavírus no Brasil. A Abravico (Associação Brasileira das Vítimas da Covid-19) tem sede em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
A entidade foi criada em setembro, mas o estatuto foi registrado em cartório nesta semana. O fundador e primeiro presidente é o servidor público estadual José Mauro Quijada, 43 anos. Infectado no mês passado, ele é um dos 8.395 casos confirmados em Dourados desde o início da pandemia.
Mauro disse que o objetivo da associação é defender as famílias das vítimas da covid-19 e demais pessoas atingidas direta ou indiretamente pelo novo coronavírus. “A finalidade principal é promover a caridade e intermediar benefícios para as pessoas impactadas pela doença”, afirmou.
Segundo o presidente, a Abravico ainda está na fase pré-operacional, concluindo a parte de documentos e montando a estrutura. Depois começam as ações para recrutamento de voluntários e captação de investimentos.
Conforme o estatuto, a associação sem fins lucrativos tem capacidade de representação e atuação em Mato Grosso do Sul e em todo território nacional, bem como no exterior. Poderá participar de licitações e celebrar contratos com a administração pública.
A Abravico tem como finalidade social oferecer amparo imediato às famílias das vítimas da covid-19, às pessoas contaminadas, aos pacientes que apresentam sequelas motoras e cognitivas, aos profissionais da saúde, trabalhadores e os grupos vulneráveis vitimados pela pandemia, abrangendo a evolução viral ou futuras mutações da doença.
Mauro Quijada disse que o objetivo é promover gestão social em favor das vítimas do novo coronavírus. “Temos absoluta convicção que se trata de ferramenta que atenderá as necessidades coletivas adaptadas à nova realidade”, afirmou.
Entre as missões da Abravico está oferecer assistência jurídica administrativa e judicial aos associados. O advogado da associação, Douglas Patrick Hammarstrom, disse que futuramente a entidade poderá, inclusive, propor ação civil pública em defesa das vítimas da covid-19.