Geraldo diz que não vota contra trabalhadores, mas defende reforma

Deputado federal Geraldo Resende (PSDB) está reunido neste momento com cerca de 150 manifestantes em frente seu escritório político, localizado na rua Nelson Araújo, em Dourados - distante 233 km de Campo Grande.

Respondendo questionamentos dos manifestantes, o parlamentar reafirmou que da maneira como a proposta da PEC 287, que prevê a reforma previdenciária está apresentada, seu voto é contrário, mas, defendeu a necessidade de uma reforma, para que a previdência não quebre.

"Perda de direitos não terá meu voto. Não tenho medo das minhas posições porque nunca me arrependi de tomá-las na minha vida, mas não mudo de posição igual biruta de aeroporto", disse Geraldo.

Entretanto, os manifestantes exigem a retirada da PEC da pauta de votação, alegando que o projeto deve ser discutido com os trabalhadores e ainda que seja criada uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a previdência.

"Os movimentos são totalmente contra, principalmente por essa proposta ser de um governo ilegítimo. Essa reforma precisa ser sepultada e rediscutida com a sociedade", afirma Ronaldo Ferreira, membro do Comitê de Defesa Popular.

O deputado, entretanto, reforçou que a proposta precisa ser avaliada com cautela e destacou que está sendo acusado de votar contra o trabalhador.

"É uma forma mentirosa de fazer política, espalhando fatos e afirmando que voto contra o trabalhador. O quadro é muito claro e  acredito que o projeto não vai passar, já que a maioria do PMDB, assim como do PSDB não apoia. É uma proposta que mexe com a vida de milhões de trabalhadores e não vai receber os 308 votos necessários" falou o deputado.

Os protestos em frente ao escritório de Geraldo Resende iniciaram na última quarta-feira (15), logo após as ações da paralisação geral contra a PEC 287. O deputado foi um dos principais alvos do protesto na cidade, pois, os manifestantes defendem que o parlamentar vote contra a reforma previdenciária.