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Interior

Homem forte do tráfico de cocaína por portos é preso na capital paraguaia

A atividade da Senad com o Ministério Público do Paraguai foi denominada Operação Belia

Nyelder Rodrigues e Helio de Freitas, de Dourados | 09/10/2021 20:31
Na imagem, a filha de Servín e sua esposa, presas em Pedro Juan Caballero; já à direita o próprio Miguel Servín, detido em Assunção (Foto: Reprodução/Senad)
Na imagem, a filha de Servín e sua esposa, presas em Pedro Juan Caballero; já à direita o próprio Miguel Servín, detido em Assunção (Foto: Reprodução/Senad)

Um dos principal nomes do narcotráfico de cocaína entre Paraguai e Brasil, Miguel Ángel Servín foi preso neste sábado (9) na capital paraguaia Assunção em força tarefa conjunta da Senad (Secretaría Nacional Antidrogas) e Ministério Público do país vizinho, após vários anos de trabalho de investigação.

Com a prisão de Servín, a Senad aposta no desmantelamento da organização responsável por enviar cargas enormes de cocaína através de contêineres. Natural de Pedro Juan Caballero, ele vivia na capital paraguaia e era alvo de investigações desde 2010, fugindo desde então das autoridades públicas locais.

"Suas ações criminais estariam conectadas à carga recorde cocaína apreendida em 2020 pela Polícia Nacional, com destino à Israel. A ele se soma ainda supostos contatos permanentes com o PCC no envio de drogas ao Brasil", frisa à Senad em nota publicada em espanhol e traduzida com adaptações ao português pela reportagem.

Miguel Ángel é irmão de Denis Servin, morto em Ponta Porã em agosto deste ano durante uma confusão envolvendo traficantes de drogas, na saída de uma casa noturno da cidade brasileira, localizada a 323 km de Campo Grande.

Além de Miguel, também foram presos com ele sua suposta amante, a brasileira Bruna Regina Martina Morais, de 29 anos, e que supostamente também o ajudaria no cometimento dos ilícitos de narcotráfico internacional através de contêineres.

Equipes da Senad e Ministério Público em ação na casa de Servín, na capital paraguaia (Foto: Divulgação/Senad)
Equipes da Senad e Ministério Público em ação na casa de Servín, na capital paraguaia (Foto: Divulgação/Senad)

O esquema coordenado por Servín começarou em uma loja de celulares, em Pedro Juan, onde ele acabou desenvolvendo e ampliando as atividades até liderar a próprias organização de financiamento, coordenação e supervisão de grandes carregamentos de drogas através do transporte fluvial latente existente no Rio Paraguai.

"Conforme processo investigativo de mais e dois anos de duração, foi precisado que Miguel Álngel Servín Palacios, conhecido como Miguel Celular, havia tido direta participação em diferentes atos preparativos para emissão à Israel de um total de 2,3 toneladas de cocaína pura, nos dias 19 e 20 de 2020", explica a Senad.

No dia 21 do mesmo mês e ano, partiu dele também carga de 575 kg de cocaína encontrada no interior de bolsas que tinham como destino final Portugal, no sul europeu. As situações só reforçaram a culpabilidade do narcotraficante.

Além de Servín e Bruna, a operação também prendeu a esposa dele, Liz Katherine Lailla Villaba, de 45 anos, a filha Marol Lizet Servín Lailla, de 21 anos, e os colaboradores Elvio Maria Chaparro, vulgo Koki, de 20 anos, e Francis Marcelo Rojas Benites, de 41 anos. Todos eles estavam em Pedro Juan Caballero.

Investigações envolvendo o nome do narcotraficante começaram em 2010, e só hoje resultaram em operação contra ele (Foto: Senad/Divulgação)
Investigações envolvendo o nome do narcotraficante começaram em 2010, e só hoje resultaram em operação contra ele (Foto: Senad/Divulgação)
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