Homem forte do tráfico de cocaína por portos é preso na capital paraguaia
A atividade da Senad com o Ministério Público do Paraguai foi denominada Operação Belia
Um dos principal nomes do narcotráfico de cocaína entre Paraguai e Brasil, Miguel Ángel Servín foi preso neste sábado (9) na capital paraguaia Assunção em força tarefa conjunta da Senad (Secretaría Nacional Antidrogas) e Ministério Público do país vizinho, após vários anos de trabalho de investigação.
Com a prisão de Servín, a Senad aposta no desmantelamento da organização responsável por enviar cargas enormes de cocaína através de contêineres. Natural de Pedro Juan Caballero, ele vivia na capital paraguaia e era alvo de investigações desde 2010, fugindo desde então das autoridades públicas locais.
"Suas ações criminais estariam conectadas à carga recorde cocaína apreendida em 2020 pela Polícia Nacional, com destino à Israel. A ele se soma ainda supostos contatos permanentes com o PCC no envio de drogas ao Brasil", frisa à Senad em nota publicada em espanhol e traduzida com adaptações ao português pela reportagem.
Miguel Ángel é irmão de Denis Servin, morto em Ponta Porã em agosto deste ano durante uma confusão envolvendo traficantes de drogas, na saída de uma casa noturno da cidade brasileira, localizada a 323 km de Campo Grande.
Além de Miguel, também foram presos com ele sua suposta amante, a brasileira Bruna Regina Martina Morais, de 29 anos, e que supostamente também o ajudaria no cometimento dos ilícitos de narcotráfico internacional através de contêineres.
O esquema coordenado por Servín começarou em uma loja de celulares, em Pedro Juan, onde ele acabou desenvolvendo e ampliando as atividades até liderar a próprias organização de financiamento, coordenação e supervisão de grandes carregamentos de drogas através do transporte fluvial latente existente no Rio Paraguai.
"Conforme processo investigativo de mais e dois anos de duração, foi precisado que Miguel Álngel Servín Palacios, conhecido como Miguel Celular, havia tido direta participação em diferentes atos preparativos para emissão à Israel de um total de 2,3 toneladas de cocaína pura, nos dias 19 e 20 de 2020", explica a Senad.
No dia 21 do mesmo mês e ano, partiu dele também carga de 575 kg de cocaína encontrada no interior de bolsas que tinham como destino final Portugal, no sul europeu. As situações só reforçaram a culpabilidade do narcotraficante.
Além de Servín e Bruna, a operação também prendeu a esposa dele, Liz Katherine Lailla Villaba, de 45 anos, a filha Marol Lizet Servín Lailla, de 21 anos, e os colaboradores Elvio Maria Chaparro, vulgo Koki, de 20 anos, e Francis Marcelo Rojas Benites, de 41 anos. Todos eles estavam em Pedro Juan Caballero.