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Interior

Homem fuzilado com 14 tiros na fronteira era informante da polícia

Paraguaio de 45 anos foi morto na frente do filho, hoje em Pedro Juan Caballero; pistoleiros estavam em utilitário importado

Helio de Freitas, de Dourados | 08/10/2019 16:48
Local onde paraguaio foi executado nesta terça-feira em Pedro Juan Caballero (Foto: ABC Color)
Local onde paraguaio foi executado nesta terça-feira em Pedro Juan Caballero (Foto: ABC Color)

Virgilio Vera, 45 anos, o “Preto”, morto nesta terça-feira (8) na fronteira, foi atingido por pelo menos 14 disparos de fuzil calibre 7.62 e pistola 9 milímetros. Os tiros de armas de grande poder de impacto arrebentaram o crânio da vítima e massa encefálica ficou espalhada no chão.

O filho de Virgilio, adolescente, viu o pai ser executado pelos pistoleiros. Em desespero, se jogou sobre o corpo de Virgilio, que teve morte instantânea. Jornaleiro de profissão, Virgilio colaborava com a polícia e era irmão de um policial, segundo a promotora Liz Nadine Portillo, que acompanha o caso.

A execução, mais uma para a estatística policial na Linha Internacional, ocorreu por volta de 11h45 de hoje no bairro General Díaz, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

De acordo com informações apuradas por policiais no local do crime, Virgilio estava sentado na frente de casa ao lado do filho quando parou uma SUV Toyota Fortuner branca, ocupada por três homens.

Dois bandidos desceram armados e começaram a atirar. Os tiros de fuzil destroçaram a cabeça de Virgilio. As outras pessoas que estavam no local não sofreram ferimentos.

Virgilio foi a segunda pessoa executada a tiros em Pedro Juan Caballero no intervalo de 12 horas.

Por volta de meia-noite de ontem, o também paraguaio Marcelino Soler Fernández, 42, foi morto com nove tiros de revólver no bairro Defensores del Chaco. Ele seguia a pé por rua escura na companhia do brasileiro identificado como Leonardo Miranda de Oliveira quando apareceu o pistoleiro com capuz na cabeça e anunciou o assalto.

Policiais paraguaios suspeitam que a morte de Marcelino tenha ligação com a disputa entre homossexuais por pontos de prostituição na cidade fronteiriça.

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