Inclusiva e digital: famílias indígenas são cadastradas em sistema de QR Code
Elas receberão cestas alimentares distribuídas mensalmente em 86 aldeias, abrangendo 27 municípios do Estado
De um total de 20 mil famílias indígenas nas áreas rurais regularizadas do Estado, 18,7 mil já foram recadastradas pela Secretaria Estadual de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead) neste ano.
RESUMO
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Em Mato Grosso do Sul, um recadastramento de 18,7 mil das 20 mil famílias indígenas beneficiárias de cestas básicas está em andamento até dezembro. A iniciativa visa modernizar a distribuição de alimentos a partir de 2025 por meio de um sistema digital com cartões QR Code, assegurando maior transparência, eficiência e combate a fraudes. As cestas, distribuídas mensalmente em 86 aldeias de 27 municípios, contêm itens essenciais, incluindo alimentos tradicionais da cultura indígena, e sua composição foi recentemente aprimorada com base em parecer técnico.
O objetivo principal da iniciativa é atualizar os dados, modernizar os processos, ampliar a transparência e garantir a eficiência na entrega das cestas de alimentos, que são essenciais para a segurança alimentar das comunidades indígenas.
O recadastramento, que se estende até o dia 31 de dezembro, é um passo crucial para a implantação de um controle digital no processo de distribuição dos alimentos a partir de 2025.
Um dos destaques dessa digitalização será utilizar cartões com QR Codes para o beneficiário retirar a cesta. Cada titular receberá um cartão azul, enquanto aqueles autorizados a retirar em seu nome terão um cartão verde.
Esse controle digital tem o objetivo de garantir que a distribuição dos alimentos seja feita de forma correta e eficiente, contribuindo para a transparência e o combate a possíveis fraudes.
De acordo com o cacique Ivanildo Mendes, da Aldeia São João, localizada em Bonito, a entrega mensal de cestas é vital para a comunidade, especialmente considerando que muitas famílias não possuem renda fixa.
“A cesta é importante para nós. Algumas famílias não têm renda e a entrega ajuda bastante. Não temos reclamação. Os alimentos são de primeiríssima qualidade”, destaca Mendes.
As cestas alimentares são distribuídas mensalmente em 86 aldeias, abrangendo 27 municípios do Estado. O conteúdo das cestas é cuidadosamente planejado para atender às necessidades nutricionais e culturais dos povos indígenas.
Entre os itens está arroz, feijão, sal, macarrão, leite em pó, óleo, açúcar, fubá, charque, canjica e erva de tereré. Este último, que faz parte da cultura indígena, foi incluído recentemente, após um parecer técnico da Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que também sugeriu a substituição da farinha de mandioca por canjica amarela.
A quantidade de feijão foi aumentada de 3 para 4 pacotes de 1 quilo, e a cesta passou a ter 11 itens, em vez de 10.
Além de garantir alimentos de qualidade, a digitalização do processo de distribuição visa aprimorar a gestão dos recursos e facilitar o acompanhamento da entrega das cestas, proporcionando maior controle sobre o destino das mercadorias e assegurando que elas cheguem efetivamente aos que mais precisam.
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