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Lado Rural

Depois de subir ao longo de 2024, leite ao produtor deve encerrar ano em queda

Em MS, cesta de produtos lácteos fecha novembro com retração de 5,17%

Por José Roberto dos Santos | 23/12/2024 16:30
Pecuarista testa aplicativo Mais Leite, que realiza o diagnóstico produtivo da fazenda. (Foto: Arquivo/Embrapa)
Pecuarista testa aplicativo Mais Leite, que realiza o diagnóstico produtivo da fazenda. (Foto: Arquivo/Embrapa)

O preço do leite captado em outubro fechou a R$ 2,8065/litro (“Média Brasil”), queda de 2,6% em relação ao mês anterior, mas alta de 36,2% frente ao de outubro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de outubro). E, com a progressão da safra e com o consequente aumento sazonal da oferta no campo, a perspectiva é de que o ano se encerre com o movimento de desvalorização ganhando força. Pesquisas ainda em andamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) apontam que a Média Brasil pode cair cerca de 5% em novembro. Para o leite captado em dezembro, a projeção é de novo recuo, entre 4% e 5%.

RESUMO

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Em outubro, o preço do leite no Brasil caiu 2,6% em relação ao mês anterior, fechando a R$ 2,8065/litro, mas apresentou um aumento real de 36,2% em comparação a outubro de 2023. Com a safra avançando, espera-se uma desvalorização do leite, com projeções de queda de 5% em novembro e de 4% a 5% em dezembro. A captação de leite em Mato Grosso do Sul registrou uma leve queda de 1,2% em comparação ao ano anterior. As importações de lácteos cresceram 0,48% em novembro, enquanto as exportações aumentaram 5,78%. O Custo Operacional Efetivo da pecuária leiteira subiu 0,68% em novembro, refletindo os altos custos com nutrição animal, com um aumento acumulado de 2,67% no ano.

Em Mato Grosso do Sul, a captação de leite de janeiro a novembro de 2024 totalizou 154,1 milhões litros, ficando 1,2% menor que o mesmo período de 2023 quando foram captados 156,0 milhões de litros de leite. A variação de preços da cesta de produtos lácteos (novembro 2024) caiu 5,17% em relação ao mês anterior. O Índice do Leite é levantado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia   e Inovação) em parceria com a Sefaz-MS (Secretaria de Fazenda)

Importações se estabilizam; exportações crescem

Em novembro, as importações brasileiras de lácteos cresceram ligeiro 0,48% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (novembro/23), houve incremento de 2,76% nas compras. As exportações, por sua vez, aumentaram 5,78% no comparativo mensal e 2% no anual. Como resultado, o deficit da balança comercial (em volume) se expandiu apenas 0,4% de outubro para novembro, para aproximadamente 204,6 milhões de litros em equivalente leite, gerando saldo negativo de US$ 88,6 milhões.

Custos de produção seguem em alta

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 0,68% em novembro na "média Brasil" (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), ainda impulsionado pelos custos com nutrição animal. Com esse resultado, na parcial do ano, o COE acumula aumento de 2,67%.

Em MS, o custo de produção é medido principalmente pela aquisição de mistura de farelo de milho e soja, cujo resultado de novembro de 2024 comparado ao mês anterior piorou 10,8%, porque o preço médio do farelo recuperou 0,89%. Em um ano a quantidade de leite necessária para adquirir a mistura (60 kg de milho e farelo de soja) diminuiu em 6,1 litros.

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