Hospital reclama de retenção de ambulância e Santa Casa diz que é protocolo
O Hospital Dona Elmíria Silvério Barbosa, de Sidrolândia, a 71 quilômetros de Campo Grande, diz que vem enfrentando problemas de retenção da única ambulância do município quando precisa transferir pacientes do interior para a Capital. A instituição afirma que a Santa Casa de Campo Grande recebe o paciente do interior, mas retém o veículo e a equipe médica, que só podem voltar à cidade de origem após a liberação do enfermo. O maior hospital, por sua vez, defende que o atendimento médico respeita protocolos.
Conforme o site Sidrolândia News, o Hospital Dona Elmíria solicitou ao Conselho Municipal de Saúde de Sidrolândia que seja feita uma análise da legalidade dos fatos, que para a instituição são classificados como abusivos e corriqueiros. Conforme a diretoria da instituição, o motorista da ambulância recebe uma autorização para saída do veículo, que só pode ser assinada pelo médico que recebe o paciente após o atendimento.
Ainda de acordo com o site Sidrolândia News, o fato gera transtornos, uma vez que a cidade do interior possui apenas um veículo de socorro, que é utilizado para atendimento local, para a transferência de doentes à Capital e para auxiliar o serviço do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Como exemplo, a instituição lembra que no último dia 1º, a ambulância ficou “presa” na Santa Casa por cinco horas, equipada com médico, enfermeiro e técnico de enfermagem.
Dessa forma, o Hospital Dona Elmíria quer que o Conselho Municipal de Saúde de Sidrolândia forneça um documento para que quando a ambulância e a equipe médica do município forem à Santa Casa sejam “imediatamente” liberadas pela instituição.
Outro lado – Procurada pelo Campo Grande News, a Santa Casa informou, por meio da assessoria de imprensa, que o atendimento médico de qualquer paciente no Pronto Socorro respeita protocolos estabelecidos pela instituição.
Cada pessoa recebe uma classificação de risco quando procura atendimento médico no local, independente de onde ela venha. O ordem da consulta varia de acordo com a gravidade da situação, ou seja, pacientes mais graves são atendidos primeiro.
Para a Santa Casa, quem leva o paciente é responsável por ele. Por isso, é necessário aguardar o tempo do atendimento médico e dos exames, mesmo não sabendo quando tempo vai durar todo o processo.
Dessa forma, o acompanhante tem que ficar com o paciente até que o diagnóstico fique pronto e o médico da Santa Casa decida se libera ou interna o doente.