Imasul declara que vai tomar providências sobre interdição da gruta do Lago Azul
Instituto afirma que ainda não foi notificado sobre recomendação do MP que pede interdição do cartão-postal
O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) afirmou que ainda não foi notificado sobre a recomendação do MP-MS (Ministério Público Estadual) que pede a interdição da gruta do lago azul em Bonito, a 257 km de Campo Grande. Segundo o MP, o município não tem autorização para explorar o interior da gruta do Lago Azul, que pertence à União.
Assinada pelos promotores João Meneghini Girelli e Alexandre Estuqui Junior, a recomendação pede que o termo de cooperação técnica com a prefeitura de Bonito seja rescindido em 48 horas; que o Imasul interdite a visitação a gruta do Lago Azul até que a Secretaria do Patrimônio da União providencie a efetiva autorização de exploração; e que o instituto elabore com urgência o plano de manejo, que deveria estar pronto desde 2006. O estudo é colocado como indispensável para reabertura da visitação.
Por meio de nota, o Imasul afirma que “tem cumprido com seu dever de fiscalizar e zelar pelo correto uso do espaço do ponto de vista ambiental e entende que existem condições mínimas necessárias para não haver interrupção nas visitações, considerando que a Gruta do Lago Azul é cartão postal do Estado e do Município de Bonito e atrai turistas do mundo todo interessados em conhecer suas belezas”.
O Imasul também declara que tomará as medidas “que forem necessárias para defender o patrimônio natural e os interesses da população de Bonito e do Mato Grosso do Sul, sempre respaldado na legislação”.
O MP também declara na recomendação que o termo de cooperação técnica 5/2014, firmado entre Imasul e prefeitura, que concedeu ao município de Bonito o direito de gerir o Monumento Natural da Gruta do Lago Azul não inclui a gruta, mas apenas a unidade de conservação que a protege.