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Interior

Índios conversam com MPF e liberam rodovia após quatro horas de protesto

BR-163 foi bloqueada nesta segunda-feira por índios Avá-Guarani perto da Ponte Ayrton Senna, entre MS e o Paraná

Helio de Freitas, de Dourados | 25/03/2019 12:14
Bloqueio feito por índios na BR-163 em protesto contra a municipalização da saúde indígena (Foto: Divulgação/PRF)
Bloqueio feito por índios na BR-163 em protesto contra a municipalização da saúde indígena (Foto: Divulgação/PRF)

Terminou por volta de 11h15 o bloqueio feito por índios Avá-Guarani na BR-163, no trecho entre Mato Grosso do Sul e o Paraná. O protesto ocorreu nos dois lados da Ponte Ayrton Senna, nos kms 350 do lado paranaense e km 1 no lado sul-mato-grossense.

O bloqueio durou pelo menos quatro horas e causou quatro quilômetros de congestionamento, 2 km em cada lado da ponte, perto de Mundo Novo (MS) e Guaíra (PR). De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o protesto acabou após uma negociação de representantes do MPF (Ministério Público Federal) com os índios.

Os Avá-Guarani protestaram contra a municipalização dos serviços de saúde indígena. Distribuído principalmente entre o Centro-Oeste do Brasil, leste da Bolívia, oeste do Paraguai e noroeste da Argentina, a etnia não aceita mudanças que estão sendo feitas pelo governo federal.

No dia 20 deste mês, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou mudanças na estrutura da pasta que impactam diretamente as diversas etnias espalhadas pelo país.

A proposta prevê a extinção da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), que passaria a atuar como um departamento, incorporando os serviços destinados às aldeias a uma nova Secretaria Nacional da Atenção Primária.

No dia 8 deste mês em Dourados, Mandetta disse que as ONGs que administram a saúde indígena no país recebem em torno de R$ 650 milhões por ano, dos quais R$ 490 milhões vão para a Missão Evangélica Caiuá.

“Essa ONG faz um trabalho complexo em mais de 20 estados, mas ainda muito distante de compromisso de resultado. Vamos repassar o recurso, mas tem que ter meta”, afirmou ele.

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