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Interior

Juiz destaca frieza e nega liberdade a mulher que queimou corpo de servidora

A solicitação do advogado de defesa argumentava a necessidade de Regiane cuidar dos filhos de 3 e 7 anos

Viviane Oliveira | 04/12/2019 10:57
No espaço onde o corpo foi incinerado foi construído uma área de lazer para esconder o crime (Foto: divulgação/Polícia Civil)
No espaço onde o corpo foi incinerado foi construído uma área de lazer para esconder o crime (Foto: divulgação/Polícia Civil)

A Justiça negou o pedido de liberdade de Regiane Marcondes Machado, 33 anos, presa desde agosto acusada de ajudar o amante, José Romero, 37 anos, a matar e queimar o corpo da funcionária pública Nathália Romero, 37 anos. O crime aconteceu entre a noite do dia 15 e a madrugada do dia 16 de julho, em Porto Murtinho, distante 431 quilômetros de Campo Grande. Casado, José Romero matinha casos extraconjugais com Nathália e Regiane, que também tinha marido.

A solicitação do advogado de defesa argumentava a necessidade de Regiane cuidar dos filhos de 3 e 7 anos. Conforme a decisão do juiz Jorge Tadashi Kuramoto, da Vara Única de Porto Murtinho, o pedido foi negado com base nos artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal.“Não visualizo a possibilidade de aplicação de outras medidas diversas da prisão, por não se mostrarem adequadas à gravidade do crime, além de não afastarem a necessidade da garantida da ordem pública”.

Segundo a decisão, a requerente teve sua prisão preventiva decretada após representação da autoridade policial, tendo em vista fortes indícios de sua participação dos crimes de homicídio qualificado, ocultação e destruição de cadáver, ou seja, crime hediondo, executado com expressiva frieza. Regiane está no Presídio Feminino Irmã Irma Zorzi, na Capital, desde outubro. 

Caso -  Segundo denúncia do MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), José Romero atraiu Nathália até uma pousada em construção, localizada na Rua Afonso Pena esquina com a Rua Coronel Ponce, no Centro de Porto Murtinho. Lá, a vítima foi dopada e morta a golpes de barra de ferro pelo homem, como "prova de amor" a Regiane.

Após o crime, José Romero e Regiane queimaram o corpo da vítima, numa casa localizada na Rua General Osório, com a finalidade de ocultá-lo. O colchão onde ocorreu o crime, os objetos da vítima, assim como os restos mortais dela foram jogados no Rio Paraguai. Durante investigação da polícia, testemunhas informaram que Regiane havia flagrado Romero com Nathália e enviado mensagens mandando que se afastasse. Em seus depoimentos, o homem negou o crime, atribuindo-o à amante. 

Desaparecimento - Nathália foi vista pela última vez em 15 de julho, ao deixar a casa de uma amiga. Em 19 de agosto, José Romero foi preso ao se apresentar à DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), tornando-se suspeito diante do fato de ter sido a última pessoa a falar com a servidora por telefone. Em 23 de agosto, Regiane foi presa, confessou parte do crime. Ela deu detalhes deu detalhes dizendo que apenas ocultou o corpo, passando a madrugada inteira alimentando com carvão o fogo que queimava o cadáver. 

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