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Interior

Defesa usa filhos para tentar por em liberdade coautora de assassinato

Crime aconteceu no dia 15 de julho numa pousada em Porto Murtinho. A vítima foi dopada pelo amante e morta a pauladas

Viviane Oliveira | 27/11/2019 13:25
Regiane está presa desde o dia 24 de agosto (Foto: divulgação/Facebook)
Regiane está presa desde o dia 24 de agosto (Foto: divulgação/Facebook)

A defesa da professora Regiane Marcondes Machado, 33 anos, presa desde agosto por ajudar o amante, José Romero, 37 anos, a matar e ocultar o corpo da funcionária pública Nathália Alves Corrêa Baptista, 27 anos, está tentando colocar a acusada em liberdade. A Justiça ainda não avaliou o pedido, que argumenta a necessidade de Regiane cuidar dos filhos como motivo para a concessão do pedido.

Tanto a mulher presa quanto  vítima mantinham relacionamento amoroso com José Romero, na época gerente de uma pousada, em Porto Murtinho, distante 431 quilômetros de Campo Grande. 

"A acusada é mãe de duas crianças de 3 e 7 anos, assim sendo a mesma não deve em hipótese alguma aguardar julgamento no ambiente do cárcere, pois, é nítido o prejuízo que essa medida irá causar no ambiente familiar e na educação dos seus filhos. Nesse sentido o STF (Superior Tribunal Federal) decidiu recentemente que mães com filho menores de 12 anos devem,cumprir medidas cautelares em sua residência próxima aos filhos", registou o advogado Luciano Caldas dos Santos.

O advogado afirma ainda que a cliente é ré primaria, tem família constituída, residência fixa e emprego fixo, ou seja, não há motivos para que sua prisão preventiva seja mantida.

Consta nos autos de investigação que, durante a noite do dia 15 e a madrugada do dia 16 de julho, no quarto 3 de uma "Pousada em construção", localizada na Rua Afonso Pena esquina com a Rua Coronel Ponce, no Centro de Porto Murtinho, José Romero e Regiane, atraíram a vítima até o local. Lá, Nathália foi dopada e morta a golpes de barra de ferro pelo homem, como "prova de amor" a amante. 

Após o crime, os dois queimaram o corpo da vítima, numa casa localizada na Rua General Osório, com a finalidade de ocultá-lo.

O colchão onde ocorreu o crime, os objetos da vítima, assim como os restos mortais dela foram jogados no Rio Paraguai. Durante investigação da polícia, testemunhas informaram que Regiane havia flagrado Romero com Nathália e enviado mensagens mandando que se afastasse. Em seus depoimentos, o homem negou o crime, atribuindo-o à amante. José Romero também está preso. 

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