Polícia acha fragmento de ossos em simulação de morte de servidora
Em depoimento, um dos suspeitos contou que depois de morta, Nathália teve o corpo carbonizado no quintal de uma casa
Fragmentos de ossos foram encontrados pelas equipes policiais durante a reprodução simulada da morte da servidora pública Nathália Alves Corrêa Baptista, de 27 anos, em Porto Murtinho – a 431 quilômetros de Campo Grande. Indícios do crime estavam no antigo imóvel de um dos suspeitos.
Policiais da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) e da Perícia Técnica de Campo Grande viajaram ao município na manhã desta quinta-feira (5) para, junto com a Polícia Civil da cidade, realizarem a simulação do assassinato conforme a versão apresentada por Regiane Marcondes Machado, de 33 anos.
A mulher e o amante dela, José Romero, de 37 anos, estão presos desde o mês passado, mas apenas ela confessa o assassinato. Em depoimento, Regiane contou que depois de morta, Nathália teve o corpo queimado por várias horas.
Essa versão levou as equipes a um antigo imóvel de um dos suspeitos. Após carbonizarem o corpo, Regiane e José Romero concretaram todo o quintal. Nesta manhã, os policiais quebraram a área e encontraram vestígios de terra queimada, primeira prova do que de fato aconteceu com Nathália.
A terra encontrada embaixo do concreto ainda foi peneirada e nesse processo foram encontrados fragmentos de ossos, aparentemente humanos. Todo o material recolhido será enviado ao IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal), mas a exposição ao fogo pode danificar o DNA e comprometer o exame de identificação.
A reprodução simulada feita hoje serve para confrontar a versão apresentada pelos suspeitos, as provas colhidas e os laudos periciais que fazem parte do inquérito policial. A principal linha de investigação e de que a jovem foi vítima de crime passional.
Nathália foi vista pela última vez no dia 15 de julho, após deixar a casa de uma amiga. José Romero está preso desde o dia 19 de agosto, quando se apresentou na DEH. Ele se tornou alvo das investigações depois que a quebra de sigilo telefônico da servidora mostrou que ele foi à última pessoa a ligar e enviar mensagens para ela antes do desaparecimento. Já Regiane foi presa quatro dias depois por suspeita de envolvimento no caso. Assim como a vítima, a mulher mantinha um relacionamento amoroso com José.