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Interior

Juiz mantém em delegacia operador de criptomoedas preso há 8 dias

Empresário douradense Marcos Walevein é acusado de lavar dinheiro do narcotráfico

Helio de Freitas, de Dourados | 02/06/2022 10:19
Juiz mantém em delegacia operador de criptomoedas preso há 8 dias
Marcos Walevein quando chegava à 1ª DP de Dourados, onde permanece preso. (Foto: Adilson Domingos)

Preso no dia 25 de maio acusado de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, o empresário e operador do mercado de criptomoedas Marcos Walevein, 46, vai continuar recolhido em cela da 1ª Delegacia de Polícia de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. A decisão foi tomada nesta semana pelo juiz da 3ª Vara Criminal Eguiliell Ricardo da Silva.

Marcos Walevein teve a prisão temporária decretada pelo juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Recife (PE), no âmbito da Operação Intruso. A prisão temporária tem validade por 30 dias, podendo ser renovada por mais 30 dias.

O mandado de prisão e três mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) e Marcos levado para a cela da 1ª DP, localizada na Rua Cuiabá, área central da cidade.

“Considerando que a prisão temporária é uma espécie de prisão cautelar, visando garantir a realização de atos investigatórios ao inquérito policial, e devendo o investigado permanecer obrigatoriamente separado de outros presos, deixo de determinar a transferência à Penitenciária Estadual de Dourados (MS). Havendo conversão da prisão temporária em preventiva, a Autoridade Policial deverá informar este Juízo para novas deliberações”, despachou o magistrado douradense.

Dono das empresas Walevein Gomes Ltda. e Waletech Informática, as duas com sede no mesmo endereço, na Rua Major Capilé, em Dourados, Marcos é suspeito de lavar dinheiro do narcotráfico através da compra e venda de moedas digitais. Ele movimentou quase R$ 22 milhões, segundo investigação da polícia pernambucana.

Marcos é apontado como integrante de organização criminosa com atuação em vários estados brasileiros (principalmente no Nordeste) e com ramificações em países produtores de cocaína e maconha. O chefe da quadrilha é Mauro Sérgio de Souza Feitosa, o “Maurinho”, atualmente recolhido da Penitenciária Federal em Campo Grande.

Dados fornecidos pelo antigo Coaf (Conselho de Controle de Atividade Financeira) revelaram transações suspeitas nos quatro cantos do Brasil, em países vizinhos da América do Sul e com empresas supostamente de fachada, uma delas a Walevein e Gomes Ltda.

“São transações envolvendo estrangeiros de país produtor de cocaína, pessoas com antecedentes por tráfico e outros crimes, empresas aparentemente de fachada”, afirmou o juiz Lucas Tavares Coutinho, da 4ª Vara Criminal de Recife. Entre as pessoas que mandaram dinheiro para o douradense, estava a irmã de Maurinho, a traficante Marcia Fabiana de Souza Feitosa, morta pela polícia em 2020.

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