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Interior

Juiz que tentou evitar extradição de Pavão renuncia após escândalo

Helio de Freitas, de Dourados | 29/12/2017 14:28
Crescencio Ocampos virou alvo de investigação após tentar barrar extradição de Jarvis Pavão (Foto: ABC Color)
Crescencio Ocampos virou alvo de investigação após tentar barrar extradição de Jarvis Pavão (Foto: ABC Color)

Crescencio Ocampos, juiz de primeira instância em assuntos civis, comerciais e trabalhistas em San Estanislao, no Paraguai, renunciou hoje (29) ao cargo, dois dias depois de tentar impedir a extradição do narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão.

Na quarta-feira (27), Ocampos concedeu um habeas corpus genérico contra a extradição e determinou que Pavão só fosse entregue ao Brasil após o caso ser julgado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Na manhã seguinte a Corte Suprema do Paraguai manteve a ordem de reintegração e determinou a abertura de uma sindicância contra Ocampos. O Ministério Público também abriu uma investigação por prevaricação, que pode levar o agora ex-juiz, em caso de condenação, para a cadeia por até cinco anos.

No mesmo dia do habeas corpus, o juiz saiu de férias e desapareceu. Ontem, ele foi suspenso e hoje cedo renunciou em documento entregue à secretaria do Supremo Tribunal de Justiça.

Jarvis Pavão foi extraditado ontem para o Brasil e levado para o Presídio Federal de Mossoró (RN), onde teve a cabeça raspada – regra interna da cadeira – e vai ficar trancafiado 23 horas por dia durante os primeiros 30 dias no local.

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