Justiça de MS solta mulher que tentou fugir da PRF e teve Hilux parada a tiros
Jakiely Akemy usava chip para ligar veículo; ela alegou não saber que caminhonete era furtada
O juiz plantonista Daniel Raymundo da Matta concedeu liberdade provisória a Jakiely Akemy Yamakawa dos Santos, 25, presa ontem (24) pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) com uma Toyota Hilux ano 2018, avaliada em R$ 200 mil.
A caminhonete havia sido furtada em Cuiabá (MT) no dia 20 deste mês e seria entregue a receptadores em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada por uma rua de Ponta Porã (MS).
Moradora em Primavera do Leste (MT), Jakiely usava um dispositivo eletrônico para dar partida no veículo. Bastava aproximar o chip do botão start/stop para ligar o motor (veja o vídeo acima).
O equipamento é tão preciso que foi testado pelos policiais rodoviários federais e também conseguiu dar partida em outra caminhonete do mesmo modelo.
A Hilux foi recuperada na madrugada de ontem pela equipe da delegacia PRF em Dourados. Os policiais faziam fiscalização na BR-463 quando perceberam a caminhonete vermelha se aproximando em alta velocidade.
Ao perceber que seria abordada, a condutora jogou a caminhonete contra os policiais e tentou fugir, mas um dos agentes disparou tiro no pneu dianteiro, obrigando a mulher a parar o veículo.
Jakiely disse que estava indo a Ponta Porã visitar sua avó. Ela negou tentativa de fuga alegando que os freios não funcionaram. Após os policiais descobrirem que a Hilux era furtada e usava placa “fria”, a mulher alegou desconhecer a procedência criminosa, disse não saber do chip encontrado em sua bolsa e que teria perdido a chave no momento da abordagem.
Na Polícia Civil, ela manteve a versão de que não sabia se tratar de veículo furtado. Contou que atualmente trabalha como garota de programa para ajudar no sustento dos dois filhos pequenos. Teria sido um cliente que lhe pediu para trazer a Hilux a um “desconhecido” em Ponta Porã .
Jakiely negou ter recebido dinheiro para fazer o serviço. Segundo a versão dela, sua intenção era passar uns dias fazendo programas sexuais na fronteira e depois voltar para Mato Grosso na mesma caminhonete que seria conduzida pelo morador da fronteira.
Ela foi autuada em flagrante por receptação na Polícia Civil, mas o promotor de Justiça Thiago Bonfatti Martins deu parecer favorável à liberdade provisória com medidas cautelares. O juiz Daniel da Matta concedeu o benefício.
A mulher terá de comparecer a todos os atos do processo para os quais for intimada e manter seu endereço atualizado perante o processo, comunicando ao juízo qualquer alteração de domicílio. O alvará de soltura foi cumprido ainda ontem.
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