Justiça decreta prisão preventiva de mulher flagrada com droga e fuzil
Pai dela, que estava junto no veículo, conseguiu liberdade provisória
A Justiça de Mato Grosso do Sul decretou a prisão preventiva de Marina Martins Gamarra, 41 anos, flagrada viajando para o sul do país levando 36 quilos de maconha e um fuzil Colt calibre 7,62, escondidos no fundo falso de um carro, no dia 21 de julho, em Itaquiraí, a 410 km de Campo Grande. A filha de Marina, de 6 anos, e o pai, de 63, estavam no veículo.
Na decisão, a justiça explana que Marina colocou em risco a vida da filha. "(...) expôs a própria filha aos perigos inerentes ao cometimento do crime. Tal conduta, por si só, traz prejuízo à formação moral da infante e trouxe danos à sua integridade emocional, por presenciar a mãe sendo presa em flagrante".
Carlos Marcos Recalde Gamarra, pai de Marina, já tem passagens por tráfico de drogas. À polícia, disse desconhecer o que havia no veículo.
Ele teve a liberdade provisória concedida durante audiência de custódia imposta com medidas cautelares, como a utilização de tornozeleira eletrônica, comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar atividades, também o recolhimento domiciliar noturno (das 20 às 6 horas), nos finais de semana e dias de folga.
Entenda - Vendedora autônoma, Marina mora na Rua Tereza Magro Machado, no Monte Carlo (região oeste de Dourados), e já estava sendo investigada por policiais da 1ª Delegacia de Polícia e da delegacia local da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Nesta sexta-feira, informados pelos policiais douradenses sobre o deslocamento da Fiat Toro branca supostamente levando produtos ilícitos, policiais rodoviários federais abordaram o veículo na BR-163, município de Itaquiraí. Marina dirigia a picape e levava como passageiros a filha pequena e o pai, Carlos Marcos Recalde Gamarra, 63.
No momento da abordagem, Carlos informou ser residente em Itajaí (SC), mas na Polícia Civil disse que reside no Residencial Izidro Pedroso, em Dourados. Diante da suspeita, a Fiat Toro foi levada para a base da Receita Federal do Brasil em Mundo Novo e examinada pelo scanner veicular, equipamento usado para identificar cargas ilegais em compartimentos ocultos de veículos.
O escaneamento revelou fundo falso em toda a extensão da carroceria da picape, onde estavam o fuzil com dois carregadores e 59 tabletes de maconha, que pesaram 36,7 quilos.
Marina usou o direito constitucional de ficar em silêncio. O pai dela alegou não ter conhecimento que a filha levava a droga e a arma no veículo. Os dois foram encaminhados para a Polícia Civil em Itaquiraí e autuados em flagrante por tráfico de drogas, posse ilegal de arma de uso restrito e corrupção de menores.