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Interior

Justiça manda prender mais 3 por fraudes em agência do Detran

Dracco está em Juti para cumprir novos mandados; entre os alvos está gerente da agência do Detran

Helio de Freitas, de Dourados | 18/11/2022 09:07
O despachante João Ney Pereira da Silva, preso na 1ª fase da operação (Foto: Adilson Domingos)
O despachante João Ney Pereira da Silva, preso na 1ª fase da operação (Foto: Adilson Domingos)

A Justiça decretou a prisão preventiva de mais três suspeitos de envolvimento no esquema de fraudes na agência do Detran em Juti, cidade a 311 km de Campo Grande. O caso foi alvo da Operação Resfriamento, deflagrada no dia 8 deste mês.

Nesta sexta-feira (18), na segunda fase da operação, policiais do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, estão na cidade para cumprir os novos mandados.

Além das três novas prisões solicitadas pelo Dracco, a Justiça transformou em preventivas os mandados de prisão temporária do servidor do órgão de trânsito Marcel Libert Lopes Cançado e o despachante de Dourados João Ney Pereira da Silva.

Os dois foram presos na primeira fase da operação. As prisões temporárias, válidas por 5 dias, foram prorrogadas por mais 5 dias e ontem transformadas em preventivas no dia em que seriam soltos.

A reportagem apurou que os três novos mandados de prisão têm como alvos o atual gerente da agência do Detran em Juti e ex-vereador Adriano Passarelli, o empresário Jefferson Cassavara e o filho dele.

Os três tinham sido alvos de mandados de busca e apreensão no dia 8. Ao analisar os documentos e outros materiais apreendidos, a polícia encontrou outros indícios da participação deles no esquema e pediu a prisão preventiva.

A investigação, com participação da Corregedoria de Trânsito do Detran, revelou esquema de emissão de documentos de veículos irregulares na agência do Detran em Juti.

Segundo o Dracco, veículos irregulares e até mesmo de outros estados seriam regularizados no local através de informações falsas e pagamento de propina a servidores. Os carros não passavam por vistorias de segurança. Em alguns casos, não chegavam nem a entrar em Mato Grosso do Sul.

Como moravam fora de MS, os proprietários dos veículos usavam endereços falsos, como se fossem residentes em Dourados. Através do esquema, duas carretas quatro eixos foram documentadas no Detran de Juti quando ainda era proibida a circulação desse tipo de veículo no Brasil. Os quatro eixos só foram liberados em janeiro de 2022.

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