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Interior

Justiça paraguaia autoriza extradição de presos por tráfico de armas

Pedido feito pelo Judiciário brasileiro foi aceito no início da noite de sexta-feira (26)

Por Gustavo Bonotto | 26/07/2024 22:33
Cidadãos paraguaios presos por tráfico de armas e com extradição requerida pelo Brasil (Foto: Reprodução/ABC Color)
Cidadãos paraguaios presos por tráfico de armas e com extradição requerida pelo Brasil (Foto: Reprodução/ABC Color)

A Justiça paraguaia concedeu, no início da noite desta sexta-feira (26), o pedido de extradição ao Brasil do grupo preso por tráfico de armas no âmbito da Operação Dakovo, que desmantelou a rede internacional. Entre eles estão duas mulheres, integrantes das Forças Armadas do país vizinho.

De acordo com os autos processuais, a decisão foi tomada pelo juiz de Garantias Criminais, Osmar Legal. Entre os pedidos de extradição, estão as vendedoras de armas Maria Mercedes Ocampos, 31, e Eliane Magali Marengo Subeldia, 36; dos traficantes de armas Manuel Antonio Gómez Ojeda, 46, Arnaldo Andres Cubas Cantero, 31, e Angel Antonio Flecha Barrios, 45; do vendedor de armas Aldo Cantero Cáceres, 45.

Além disso, o pedido inclui o doleiro Ricardo Luis Morra Gadea, 36; do traficante de armas Julio César Cubas Cantero, 39; da capitã e ex-chefe de controle da Dimabel Josefina Cuevas Galeano, 35; e da primeira-tenente Cinthia Maria Turro Braga, 40, ex-assessora jurídica do Registro Nacional de Armas.

Trazidas por uma empresa paraguaia de países do leste europeu, pelo menos 43 mil armas curtas e longas foram parar nas mãos de bandidos de facções criminosas brasileiras, especialmente PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho.

De acordo com investigações da Polícia Federal brasileira e da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai, as armas eram importadas legalmente pela empresa IAS (International Auto Supply), com sede em Asunción.

Com apoio de integrantes da Dimabel – órgão militar paraguaio de controle do comércio de armas – a IAS forjava documentos para comprovar a venda das armas de forma individual para pessoas físicas. Entretanto, o armamento tinha a numeração raspada e era destinado às facções brasileiras.

Para impedir o rastreamento do dinheiro, a organização contava com apoio de doleiros, que montaram esquema para fazer transações em espécie e através de valores baixos, para burlar os órgãos de controle.

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