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Interior

“Justiça por Dom e Bruno”: servidores da Funai fazem ato em Dourados

Apesar do manifesto, que faz parte de uma mobilização nacional, o órgão está funcionando normalmente

Viviane Oliveira | 14/06/2022 11:52
Servidores durante ato em frente ao prédio da Funai em Dourados. (Foto: Direto das Ruas)
Servidores durante ato em frente ao prédio da Funai em Dourados. (Foto: Direto das Ruas)

“A vida do servidor da Funai importa, Justiça por Dom e Bruno, Onde estão Dom e Bruno?" São com essas palavras de ordem que servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Dourados, distante 251 quilômetros de Campo Grande, fazem um ato em frente ao prédio do órgão, na manhã desta terça-feira (14).

Apesar do manifesto, que faz parte de uma mobilização nacional, o órgão está funcionando normalmente. O grupo também pede mais segurança para os trabalhadores em áreas de proteção. O ato acontece após o desaparecimento do servidor licenciado da Funai, Bruno Araújo Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips durante uma viagem à terra indígena do Vale do Javari, no Amazonas, no dia 5 deste mês.

Conforme Crizantho Alves Fialho Neto, dirigente regional do Sintsep/MS (Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Mato Grosso do Sul), o ato tem como norte a situação do Bruno e do Dom, mas já teve outro caso que aconteceu na mesma área.

O sindicalista lembrou que há 3 anos, em 2009, Maxciel Pereira dos Santos, que atuava em defesa dos indígenas, foi morto na mesma região onde o jornalista e o servidor desapareceram. “Há casos também em Dourados, de servidores que já sofreram constrangimento e ameaças. É um descaso generalizado”, disse.

Após a morte de Maxciel, com dois tiros na nuca, a Polícia Federal do Amazonas abriu inquérito para apurar o crime, mas a investigação não foi concluída e nenhum suspeito foi indiciado.

Caso Dom e Bruno  - Ontem, a esposa de Dom, Alessandra Sampaio, informou que os corpos de dois homens, desaparecidos há mais de uma semana, na Terra Indígena Vale do Javari, tinham sido encontrados. Mais tarde, a Polícia Federal  emitiu nota para esclarecer que ainda não havia sido confirmado se os corpos encontrados pelos agentes eram do jornalista britânico e do indigenista.

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