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Interior

Mais dois são presos por assassinato de indígena em saída de festa

Romário Pires foi morto espancado em briga generalizada e dois suspeitos já haviam sido presos

Ana Paula Chuva | 10/07/2023 17:19
Entrada da cidade de Bodoquena onde crime aconteceu e é investigado (Foto: Divulgação | Prefeitura de Bodoquena)
Entrada da cidade de Bodoquena onde crime aconteceu e é investigado (Foto: Divulgação | Prefeitura de Bodoquena)

Equipe da Polícia Militar de Bonito prendeu mais dois envolvidos no assassinato de Romário Pires, 31 anos, na saída de uma festa no centro de Bodoquena, distante 265 quilômetros de Campo Grande. O crime aconteceu na madrugada de domingo (9) e quatro foram presos pelo crime.

Conforme o boletim de ocorrência, Romário participava de uma festa no espaço da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), junto com dois primos que contaram à polícia que um grupo de seis pessoas surpreendeu o trio e deu início às agressões. Romário acabou não resistindo aos ferimentos e morreu ainda no local. O corpo estava caído em frente a uma igreja na Avenida Antônio Pedro de Lima.

Ainda ontem, foram presos Denilson Silveira Santos e Gian Carlos Rios Ajala. Eles foram encontrados também em Bonito e levados para a Delegacia de Bodoquena. Um deles identificou os outros envolvidos: David Mendes Valença e David Borges dos Santos, ambos detidos na mesma cidade.

No espaço, acontecia a festa. O pai das aniversariantes contou que os indígenas passavam pelo local e tentaram entrar no recinto. Ele então disse que a festa havia acabado e o trio teria ficado muito irritado, momento em que Romário teria dito que daria um tiro na cara do homem. Alguns participantes da festa então saíram e teve início a briga generalizada.

O homem afirmou que tentou controlar a situação, mas não conseguiu. Ele também não soube dizer quem teria acertado Romário na cabeça, mas afirmou que ninguém estava com arma de fogo ou faca no local. Como a vítima ainda se mexia, eles imaginaram que Romário não se levantou por estar muito bêbado.

Então, fecharam o imóvel e foram embora. No caminho, teriam visto os dois primos de Romário voltando ao local com um pedaço de pau e foram abordados pelas polícias Civil e Militar. Os quatro envolvidos foram presos em flagrante e não tiveram fiança arbitrada pelo delegado Felipe de Oliveira Braga.

O caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil. Romário teria sido morto a socos e chutes. Os quatro envolvidos confirmaram a versão de briga generalizada e afirmaram que a vítima ainda estava viva quando foram embora.

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