Mesmo à noite, 18 bombeiros seguem combate a incêndios em Porto Murtinho
Equipes são divididas em turnos para que trabalho consiga atingir a maior área possível
Proteger o máximo possível e tudo o que puder. O trabalho do Corpo de Bombeiros em Porto Murtinho - cidade que fica a 431 km de Campo Grande - é árduo e incessante, com equipes divididas em turnos, trabalhando até a noite, para evitar que o fogo se propague ainda mais e coloque vidas em risco.
Animais silvestres, domésticos e humanos são prioridade e, por isso, o foco do trabalho no município pantaneiro é o de evitar que as chamas se aproximem da área urbana e de sede de fazendas - serviço de grande dificuldade.
"Mantemos equipe noturna, pois esse é o melhor horário para o combate direto. A temperatura é mais baixa, há um aumento, leve, mas há esse aumento na umidade do ar, os ventos diminuem, então, fica melhor, apesar da falta de luminosidade", explica Capitão Max, um dos oficiais no comando das ações.
De norte a sul de Porto Murtinho, o trabalho tenta conter os incêndios florestais, que tem como aliados também, o tipo de vegetação de predomina na região, os carandás. "São árvores com altura significativa e esses incêndios em carandazais faz com que o controle seja à distância, não mais direto", conta Max.
No caso, o controle a distância se faz com a criação de aceiros, montados pelos bombeiros com ajuda de equipes da prefeitura e outros voluntários da região. Nessa noite, há 18 militares trabalhando no combate ao fogo em Porto Murtinho.
Os principais focos no município se concentram na região sudoeste, já chegando perto do Rio Apa. Mesmo assim, as demais áreas, como a norte, sul e meio-oeste também necessitam de atenção das equipes devido a grande quantidade de focos.
"Nova visão nesse tipo de atividade de combate aos incêndios florestais é que tudo não acontece de um dia para o outro. E também temos um dever concomitante que é o de orientar a população, aproveitar essa ida até os locais próximos", frisa.
Nessa terça-feira (24), o trabalho contra o fogo prossegue em Porto Murtinho. Logo pela manhã, será feito uma verificação em sites de monitoramento via satélite para identificar os pontos de maior calor no solo. Dali, eles partem para um voo de reconhecimento para identificar melhor a situação.