Militar que matou mulher atropelada alega não ter dinheiro para fiança
Defesa estuda entrar com pedido de habeas corpus ainda nesta quinta-feira
Evanir Garcia de Paula, de 55 anos, militar da reserva da Marinha Brasileira, alegou não ter condições financeiras para pagar a fiança de R$ 50 mil estipulada pela justiça de Mato Grosso. O militar aposentado atropelou e matou Cristiane do Carmo Alves faria, 39 anos, durante caminhada em ciclovia de Corumbá, na última segunda-feira (14).
De acordo com Jean Medeiros, advogado de Evanir, a defesa estuda entrar com recurso na justiça ainda nesta quinta-feira (17), "vamos impetrar um Habeas Corpus ou um pedido ao próprio juiz, visando reduzir a fiança em valores que sejam alcançáveis por ele". Por enquanto, o militar aposentado segue preso no Com6ºDN (Comando do 6º Distrito Naval).
A CNH (Carteira Nacional de Habilitação) de Evanir também foi recolhida e suspensa pela justiça, neste caso a defesa não se opôs e nem entrará com recurso, já que ele estava embriagado quando atropelou e matou Cristiane.
"Ele se encontra extremamente abatido e consternado com o acontecimento", disse o advogado de defesa, que afirmou que Evanir permanecerá em silêncio e só apresentará a versão dele em juízo.
A fiança de R$ 50 mil foi definida na tarde desta quarta-feira (16) durante audiência de custódia. O juiz André Monteiro entendeu que não seria o caso de decretação de prisão preventiva por se tratar de crime culposo.
O acidente - Cristiane morreu atropelada pelo militar, que estava bêbado, conforme constatado por teste do bafômetro, na ciclovia da Avenida Rio Branco, em Corumbá. Ele conduzia uma caminhonete S10 branca quando atingiu Cristiane e um homem de 38 anos, em frente à sede do Corpo de Bombeiros da cidade.
Equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e do Corpo de Bombeiros, tentaram reanimar a mulher, por cerca de uma hora, mas ela acabou morrendo no local, conforme o site Diário Corumbaense. Cristiane sofreu traumatismo craniano severo e algumas fraturas pelo corpo.
Evanir foi preso por um sargento da Polícia Militar, que havia acabado de sair do trabalho e passava pela avenida, no momento do acidente. Preso, o militar da reserva Marinha admitiu que havia acabado de sair de um sítio e havia ingerido bebidas alcoólicas.