Ministro anuncia só um terço do valor esperado para custear saúde regional
Mandetta liberou hoje R$ 10,3 milhões a mais por ano para alta e média complexidade, mas Dourados queria R$ 30 milhões
A prefeitura queria R$ 30 milhões, o governo do Estado pediu R$ 20 milhões, mas o Ministério da Saúde vai repassar só um terço do valor esperado pelo município de Dourados para o custeio da média e alta complexidade.
Na tarde desta sexta-feira (18) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta assinou documento liberando R$ 10,3 milhões a mais por ano para custear serviços de média e alta complexidade, oferecidos pela segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul a moradores de 34 municípios da região.
Mandetta se reuniu no auditório da prefeitura com o vice-governador Murilo Zauith, o secretário estadual de Saúde Geraldo Resende e prefeitos da região para anunciar o plano de reestruturação da saúde regional.
No total, o ministério anunciou R$ 26,7 milhões para os 35 municípios. Desse montante, R$ 13,3 milhões são para 14 municípios da macrorregião, para custeio da média e alta complexidade, o chamado “Teto MAC”.
Além de Dourados, receberão mais recursos do Teto MAC Caarapó, Japorã, Iguatemi, Batayporã, Tacuru, Taquarussu, Deodápolis, Vicentina, Antônio João, Douradina, Angélica, Rio Brilhante e Nova Andradina. Segundo a assessoria de Mandetta, a partir de novembro esses municípios receberão os repasses mensais que se somarão aos recursos que o Ministério da Saúde transfere anualmente.
Em entrevista coletiva após assinar a liberação do dinheiro, Mandetta disse a liberação de mais dinheiro e o projeto de reestruturação anunciados representam “ponto de partida” para melhorar o atendimento à população.
“A gente não está aqui para falar que amanhã tudo vai amanhecer cor de rosa, mas pelo menos estamos colocando o recurso e vamos discutir todos juntos o sistema de saúde que a gente quer para Dourados”, afirmou.
Conforme a assessoria de Mandetta, os recursos anunciados hoje possibilitarão ampliação da oferta de serviços na rede hospitalar de urgência e emergência, como cirurgias, exames, atendimentos e habilitação de leitos. O dinheiro também vai ser usado para aquisição de equipamentos hospitalares, como ultrassom e raio X, além de incremento para atenção primária.
O ministro assinou ainda a ampliação de recursos para o para atendimento específico aos povos indígenas. No município de Antônio João, estão localizadas as aldeias Campestre e Cerro Marangatu da etnia Guarani Kaiowa, onde vivem aproximadamente 829 indígenas.
A portaria assinada por Mandetta habilita o Hospital Municipal Dr. Altair de Oliveira, em Antônio João, para atendimento especializado aos povos indígenas. Foram liberados R$ 148,5 mil por ano para custear ações e serviços mais complexos, como cirurgias, exames e internações da população indígena.
Para compra de equipamentos, Mandetta liberou R$ 6,5 milhões para unidades de saúde e hospitais de 29 municípios. Entre os materiais que serão comprados estão aparelhos de ultrassom, raio-X, bisturi, cadeira odontológica, cadeira para coleta de sangue, central de nebulização, compressor, desfibrilador, mesa ginecológica e ventilador pulmonar.
De acordo com a assessoria do ministro, também foi disponibilizado um tomógrafo computadorizado no valor de R$ 1,2 milhão para o Centro Regional de Especialidades Dr. João Kayatt, em Ponta Porã.