Moradores flagram incêndio em canavial fora do período permitido
Queimada controlada em pastagens e canaviais é proibida pelo Imasul entre 1º de agosto e 30 de setembro
Cortina de fumaça é quase rotina entre os moradores que vivem na região da BR-163, no município de Nova Alvorada do Sul, distante 120 quilômetros de Campo Grande. Em período de estiagem, as queimadas executadas em canaviais incomodam e prejudicam a saúde, além de serem proibidas nesta época do ano.
No último sábado, as altas chamas ateadas em propriedade próxima ao Centro de Distribuição do Grupo Gazin assustaram quem passava pelo local e exigiram até mesmo a presença de brigadistas e caminhão pipa para controlar o fogo.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as queimadas controladas acabam perdendo o controle em algumas ocasiões, espalhado as chamas numa extensão muito maior do que autorizada.
A pouco mais de 1 quilômetros do local onde ocorreu o incêndio, a fumaça já incomodava. “Tinha bastante fumaça. Bastante gente reclama de fogo próximo de chácara para baixo do trilho do trem. Incomoda demais, ainda mais quem tem criança como eu”, afirmou a dona de casa. Rose Pereira, 19 anos.
Proibido – Desde o ano passado, portaria do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) estendeu a proibição de queimadas controladas para as ações chamadas de profilaxia da lavoura, em palhadas pós-colheita e resto de plantações.
A ação reforça as medidas para controle de incêndios em Mato Grosso do Sul, em períodos de estiagem.
A queimada controlada de pastagens era proibida desde 2014, do período de 1º de agosto a 30 de setembro, sendo estendida até 31 de outubro na região do Pantanal. Porém, a mesma portaria trazia exceções para a queima de canaviais, palhada e restos de florestas plantadas. Com a mudança, o efeito foi ampliado para essas exceções.