MP investiga danos ambientais causados por balneários sem licença
O MPE/MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) investiga se as atividades turísticas desenvolvidas por três propriedades de Bodoquena, a 266 quilômetros de Campo Grande, têm prejudicado o meio ambiente.
O órgão instaurou inquérito civil para apurar danos ambientais pelo funcionamento de três balneários da cidade: Chácara Betione, Pôr do Sol e Vale do Paraíso.
Segundo os editais, os balneários funcionam sem licença do órgão ambiental competente e, por isso, o MP quer apurar se as operações desses estabelecimentos têm gerado danos ambientais.
Para comentar o assunto, o Campo Grande News conversou com representantes dos três pontos turísticos. Segundo Reginaldo Barreto, administrador do balneário Chácara Betione, o local já passa por processo de regularização junto ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), respondendo a um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) junto à prefeitura de Miranda.
"Foi feito levantamento pela prefeitura e não foi constatado nenhum dano ao meio ambiente. O resultado desse levantamento foi repassado ao Imasul e à Promotoria de Meio Ambiente", finaliza Reginaldo.
Documentação - Já a responsável pelo balneário Pôr do Sol, Rejane Ribeiro, a tentativa de regularização do local junto ao Imasul é antiga. "Em 2010 demos entrada na carta consulta junto ao Imasul, mas só em abril de 2015 ele nos deram resposta. O balneário está aguardando o instituto, mas já estamos trabalhando pra ficar dentro da regularidade", disse Rejane.
O proprietário Maurílio Raul, do sítio Vale do Paraíso, disse ao Campo Grande News que foi feita uma visita à Promotoria de Meio Ambiente e a promotora Cínthia Gonçalves, responsável pelo caso, deu prazo de 60 dias para que o empresário dê entrada na licença ambiental.
"Agora estamos indo atrás da regularização. Já contratamos engenheiro ambiental e estamos reunindo os documentos solicitados", afirmou Raul.