Mulheres indígenas são encontradas, mas uma delas teria sido estuprada
As duas jovens teriam sumido em trajeto entre a área de retomada denominada como Tujury
As duas mulheres indígenas desaparecidas em Amambai, conforme denúncia da OKA (Observatório Kunangue Aty Guasu) foram encontradas e mensagens à organização, hoje, dão conta de que ambas estão vivas, mas que uma delas teria sido estuprada e torturada. Já a Funai, também à entidade, disse que ambas estão bem e sem ferimentos.
Em contato com a organização, o Campo Grande News foi informado de que liderança do acampamento onde elas moram enviou mensagem dizendo que uma delas foi encontrada hoje em local de mata. “Estupraram ela, foi encontrada lá do outro lado da mata, onde deixaram ela. Não mataram ela, mas a torturaram”, informava áudio.
Sobre a outra mulher, também encontrada, a organização não soube dar mais detalhes sobre seu estado, já que ela estaria “escondida e com medo”, já que conforme a entidade, o acampamento é local de difícil e nos últimos dias houve muita chuva.
As duas jovens teriam sumido em trajeto entre a área de retomada denominada como Tujury, Guapo´y Mirin e a Aldeia Limão Verde, em Amambai. Nenhuma autoridade policial foi acionada para acompanhar o caso porque, segundo os indígenas, eles estariam com medo de represálias.
Na região, a PF já investiga a morte de Alex Recarte Vasques Lopes, 18 anos. Ele foi encontrado no dia 21 de maio, a poucos metros da divisa entre Brasil e Paraguai, na zona rural entre Coronel Sapucaia e Capitán Bado. No corpo, havia marcas de cinco tiros.
A reportagem entrou em contato com a PF e a informação é que nenhuma denúncia foi feita na unidade de Ponta Porã. Também disse que se houver relação entre os sumiços e a morte de Alex, isso se evidenciará nos procedimentos investigatórios. O MPF ainda não se pronunciou sobre o questionamento enviado.