Multas de radares em avenida começam a chegar e motoristas reclamam

Ativados no ano passado em três cruzamentos da Avenida Marcelino Pires, em Dourados, a 233 km de Campo Grande, os radares começaram a multar no dia 11 de janeiro, após dois meses de adaptação e orientação. As multas aplicadas aos infratores já estão sendo distribuídas e a reclamação é geral entre os motoristas douradenses.

“Os comerciantes da Marcelino Pires sentirão a queda nas vendas por causa da farra das multas nos atuais radares. Tendo limite de 50 km, quando aceleramos no amarelo para evitar colisão traseira, os radares são acionados. Em conversa com parentes, amigos e irmãos, estamos optando por outras rotas e deixando de comprar onde tradicionalmente comprávamos”, postou na rede social Facebook um professor universitário da cidade.

A reclamação do professor foi seguida por vários outros internautas, mas também recebeu críticas de pessoas que concordam com os radares e acham que a culpa é só do condutor.

Aferidos pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia), dez aparelhos da empresa Perkons foram instalados na Marcelino Pires com a Presidente Vargas, com a Hayel Bon Faker e com a Rua José de Alencar, ao lado do shopping center.

A maioria das reclamações diz respeito a multas aplicadas no cruzamento da Marcelino com a José de Alencar, principalmente de pessoas que afirmam terem sido multadas mesmo no sinal amarelo.

Limite de 50 km/h – A Agetran (Agência de Transporte e Trânsito) informou que os aparelhos detectam avanço do sinal vermelho, parada em cima da faixa de pedestres e velocidade acima de 50 km por hora, que é o limite da principal avenida de Dourados.

A multa varia de R$ 127,00 a R$ 574,00, sendo considerada de grave a gravíssima, dependendo da velocidade registrada.

Carlos Fábio Selhorst dos Santos, diretor-presidente da Agetran, informou que os radares foram instalados pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito), que também fica com todo o dinheiro das multas.

“Nãos sabemos quantas multas já foram emitidas pelos radares, porque toda a gestão do sistema é feita pelo Detran, onde o motorista também pode recorrer”, explicou.

Os radares possuem câmeras de visão ampla e estreita, o que permite o monitoramento completo do cruzamento. A visão estreita permite identificar a placa do veículo e as de visão ampla fazem o monitoramento de todo o local, para analisar com clareza as infrações cometidas.

Carlos Fábio disse que após as 23h os equipamentos deixam de emitir multa se o motorista passar no sinal vermelho, mas quem para em cima da faixa de pedestre e ultrapassa o limite de velocidade é sendo multado a qualquer hora do dia.

Após 23h - “Se o motorista passar no sinal verde ou amarelo acima de 50 km por hora ele vai ser multado por excesso de velocidade. Das 23h às 5h da manhã ele não será multado por passar no sinal vermelho, mas se estiver acima dos 50 km/hora vai pagar multa por excesso de velocidade”, explicou.

O diretor-presidente das Agetran disse que apenas as infrações cometidas de 11 de janeiro em diante estão sendo transformadas em multas. “Se Alguém receber notificação de infração antes do dia 11 de janeiro pode entrar com recurso que a multa tem que ser anulada”, afirmou.