Mutirão contra dengue vistoria 1.916 imóveis e encontra 115 focos
A infestação do mosquito Aedes aegypti na reserva indígena de Dourados é de 6%, índice acima do verificado nos bairros da cidade de 210 mil habitantes, localizada a 233 km de Campo Grande. Em janeiro, a saúde pública constatou infestação média de 4% no perímetro urbano.
Durante mutirão feito na semana passada nas aldeias Bororó e Jaguapiru, 1.916 imóveis foram vistoriados por agentes de saúde, voluntários e soldados do Exército, com 115 focos do inseto localizados em recipientes com água parada.
De acordo com o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), no mutirão iniciado na segunda-feira e encerrado na quinta, foram retirados lixo, entulhos e materiais recicláveis e feita a roçada em terrenos de prédios públicos.
A reserva de Dourados não tem coleta de lixo doméstico, o que propicia o acúmulo de materiais que servem de depósito de água, como garrafas e embalagens de plástico.
Segundo a coordenadora do CCZ, Rosana Alexandre da Silva, inicialmente o trabalho estava previsto para acontecer em dois dias, mas por causa do grande número de focos localizados nas aldeias, o mutirão foi prorrogado até quinta.
“Fizemos a limpeza, mas principalmente orientamos os moradores para continuar mantendo seus imóveis limpos e evitar a criação de focos do mosquito”, disse Rosana. Inseticida também foi aplicado através de fumacê, para eliminar o mosquito adulto.
Desde janeiro a cidade de Dourados passa por uma força-tarefa para controlar a infestação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus. De janeiro até a semana passada, 1.362 casos suspeitos de dengue foram notificados no município e 507 tinham sido confirmados.