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Interior

Naufrágio de barco-hotel é o acidente mais grave registrado em rios de MS

Marta Ferreira | 25/09/2014 16:50
Equipes de resgate trabalham à beira do Rio Paraguai. (Foto: Marcelo Calazans)
Equipes de resgate trabalham à beira do Rio Paraguai. (Foto: Marcelo Calazans)

O naufrágio de um barco-hotel, em Porto Murtinho, município localizado a 431 quilômetros de Campo Grande, é a tragédia em rio mais grave já ocorrida no Estado, segundo os relatos de quem trabalha no socorro a vítimas de acidentes do tipo. Vinte e sete pessoas estavam a bordo, das quais 13 se salvaram, três já foram encontradas mortas e 11 continuavam desaparecidas até o fechamento desse texto.

Em Porto Murtinho, as equipes da Marinha informaram que não há registro de um caso parecido. Não existem estatísticas sobre ocorrências de naufrágios, mas, pela memória de quem trabalha na área, não há histórico de episódios com essa gravidade pelo menos nos últimos 20 anos.

O coronel do Corpo de Bombeiros Joilson de Paula, que está na corporação há 23 anos, afirmou ao Campo Grande News não se recordar de acidentes desse porte: com um barco tão grande e com tantas vítimas. De Paula foi chefe do setor de comunicação dos bombeiros durante anos e agora trabalha na Diretoria de Serviços Técnicos.

No Campo Grande News, o acidente mais grave noticiado, segundo a memória disponível no site, foi no ano passado, na BR-267, em Nova Andradina, quando uma van foi atingida por uma carreta e doze pessoas morreram carbonizadas. Os restos mortais só foram identificados e entregues às famílias para sepultamento em maio deste ano.

Um outro acidente grave envolveu um ônibus que saiu de Mato Grosso do Sul levando cortadores de cana para Pernambuco, em dezembro de 2011, e aconteceu na Bahia. À época, foram 33 mortos.

Dois casos na mesma semana – O acidente com o barco-hotel em Porto Murtinho foi o segundo nesta semana em Mato Grosso do Sul. Na terça-feira, uma embarcação militar boliviana também afundou, no Rio Paraguai, em Corumbá, na região do Forte Coimbra, matando duas pessoas, uma jornalista e um militar. As causas estão em investigação.

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