No 2º mês de gestação, balconista descobriu que bebês são gêmeas siamesas
Meninas estão ligadas pelo tronco e têm apenas um coração; caso é acompanhado com cautela
Ao fazer exames de rotina por estar tratando um cisto no ovário, a balconista Luciana Sentene descobriu que estava grávida, no entanto, a maior surpresa veio ao começar o pré-natal e ver que a gestação era de gêmeas siamesas ligadas pelo tronco. Ela, que é moradora de Rio Verde de Mato Grosso, a 203 quilômetros de Campo Grande, ficou assustada e agora espera o nascimento das meninas para saber o que deverá ser feito.
Segundo Luciana, a descoberta foi no segundo mês de gestação. Ao Campo Grande News, ela contou que fez uma ultrassonografia no posto de saúde da cidade e no exame viu que eram gêmeos, porém, havia apenas um batimento cardíaco. Luciana já é mãe de um adolescente de 13 anos e uma menina de 6 anos.
Ela então fez uma ultrassonografia mais detalhada e viu que estava grávida de duas bebês ligadas pelo tronco com apenas um coração. “É um caso raro, confesso que eu, meu marido e meus filhos estamos muito assustados. Elas estão unidas pelo tórax e dividem o mesmo coração. Se alimentam pelo mesmo cordão umbilical, mas os outros órgãos estão perfeitos. Cada uma tem os seus”, disse a balconista.
Com a descoberta, a balconista começou o tratamento para a gravidez de alto risco, inclusive, sendo encaminhada para a Santa Casa em Campo Grande para fazer alguns procedimentos necessários. Ela está no quinto mês de gestação e não sabe ainda o que virá após o parto.
“Não sabemos como vai ser ainda. Estou recebendo todo o suporte e fazendo o acompanhamento. Estou de atestado no trabalho e sei que meu parto vai precisar ser adiantado, mas o que será feito depois do nascimento ainda não sei. Depende de como estará a saúde das meninas. A previsão do parto é em fevereiro”, declarou Luciana.
O médico que acompanha a balconista, Arnon Lemes Vilela relatou que o plano é levar a gestação até as 34 semanas e que isso não trará problemas para a mãe e as bebês.
“A preocupação maior é a união pelo tronco. Elas compartilham o mesmo coração. Existe uma baixa probabilidade de separação bem-sucedida em casos assim. É um caso bastante delicado e fora do comum”, afirmou.
Luciana afirma que está recebendo suporte da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Verde de MT, inclusive para realizar os exames e consultas em Campo Grande. Mas que a família precisa de ajuda para custear algumas despesas. Quem quiser ajudar pode enviar qualquer valor no Pix que é o CPF da balconista número 02100973100.
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* Com informações Rio Verde News.